Lucilene Rodriguez Carneiro Neves de 40 anos, e o filho Luan Henrique Rodrigues Neves de 9, morreram ‘praticamente abraçados’. Os dois foram atropelados por um Fiat Uno em alta velocidade dirigido por Anestor Santos Carvalho, de 54 anos, que não tem Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e atingiu as vítimas na calçada. A tragédia ocorreu no bairro São Geraldo, em Santa Luzia, na Grande BH, na tarde domingo (11), Dias das Mães. Anestor admitiu ter tomado uma dose de whisky pela manhã. Assim, testes do bafômetro deram negativo.
O sargento Nascimento, do 35º Batalhão da Polícia Militar (PM), atendeu a ocorrência e destacou a mãe tentou salvar filho. “O carro arrastou a criança e a mãe ainda teve a capacidade e a força de naquele momento pegar a criança e ser atingida violentamente pelo veículo. Mesmo assim, ela não largou dos braços da criança. Os dois morreram praticamente abraçados”, disse o policial.
Mãe e filho estavam indo para a casa de familiares para um almoço do Dia das Mães e morreram na hora. Anestor foi preso. Em entrevista à Itatiaia, o motorista disse que o veículo perdeu.
Sobre não ter CNH, Anestor alegou que dirige há pouco tempo. “Assim, porque aquilo ali é um carro meio velho, né, menino. Então, jamais eu monto num carro assim, o dia que eu montar num carro, vai ser em um seminovo, se eu puder comprar um dia. Mas um carro que eu tenho proteção nele, porque carro velho, jamais”, disse o motorista, que chorou no final da entrevista.“Perdi o frio na ladeira e foi embora, descendo. Foi o freio mesmo que perdeu. Na perícia, vai dar. Estava saindo de casa para ele levar uma flor lá na minha cunhada. Quando liguei o carro, ele já desceu embalado”, disse.