EXPLOSÃO NA CSN NO RIO ESPALHA NUVEM DE FUMAÇA, ATÉ 30 FERIDOS
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Publicado em 15/05/2019

Um acidente na Companhia Siderúrgica Nacional, a CSN, em Volta Redonda, no Sul do Rio de Janeiro, deixou de 20 a 30 funcionários com sinais de intoxicação na manhã desta quarta-feira (15). Ainda não é possível confirmar o número exato de trabalhadores atingidos.

Houve um grande barulho de estouro no início da manhã. Pela cidade, também era possível ver no céu uma grande nuvem de fumaça saindo da siderúrgica, na altura da Vila Santa Cecília.

Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense, o acidente aconteceu no setor de aciaria, onde o ferro-gusa é convertido em aço.

Em nota, a CSN informou houve uma reação que provocou um deslocamento de ar durante a retirada de escória da panela de aciaria, e os funcionários que estavam no local inalaram pó.

"A CSN informa que durante a retirada de escória da panela de aciaria houve uma reação que provocou um deslocamento de ar, acompanhado por emissões fugitivas que duraram poucos minutos. Os colaboradores que estavam no local foram atendidos pela equipe médica da CSN por terem inalado pó e encaminhados preventivamente para atendimento hospitalar. A empresa está prestando toda a assistência aos colaboradores e investigando as causas da ocorrência.

Ainda de acordo com o sindicato, os casos mais graves foram encaminhados para o Hospital das Clínicas de Volta Redonda. Os demais foram atendidos pelo departamento médico da empresa.

Procurada por volta das 10h, a unidade médica disse que ainda não era possível informar o estado de saúde porque as vítimas estavam em atendimento. A CSN também não detalhou a gravidade dos ferimentos dos funcionários.

5º acidente nos últimos 12 meses

Este foi o quinto acidente nos últimos 12 meses na Companha Siderúrgia Nacional. O caso mais grave aconteceu no dia 14 de agosto de 2018. O funcionário Daniel Silvério Bragança, de 34 anos, teve 85% do corpo queimado durante uma atividade de manutenção na área de laminação a frio, setor responsável pelo corte do aço. Ele chegou a ser transferido de avião para um hospital especializado em São Paulo, mas morreu dois dias depois.

Dez dias depois, um princípio de incêndio foi registrado no pátio de matérias-primas, mas ninguém ficou ferido. No dia 2 de dezembro, um funcionário foi hospitalizado depois de inalar gases, após um vazamento no setor da coqueria. Ele ficou em observação e recebeu alta no mesmo dia.

No dia 30 de março de 2019, sete funcionários foram levados ao hospital pelo mesmo motivo desta quarta-feira: inalaram fumaça depois de uma reação que provocou um deslocamento de ar no setor da aciaria. Dois trabalhadores precisaram ficar internados, um deles na UTI, e receberam alta dias depois.

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