O homem que matou quatro pessoas em Paracatu, Minas Gerais, tentou tirar a prórpia vida na manhã desta quinta-feira. A informação é da Polícia Civil de MG. De acordo com o órgão, Rudson Aragão Guimarães, de 39 anos baleado por policiais após invadir e abrir fogo contra as vítimas no interior de uma igreja batista, utilizou uma lâmina de bisturi, com dimensões de 43 x 7 mm, mas foi impedido por equipes na unidade. Ele segue internado no Hospital Municipal de Paracatu e seu estado de saúde é considerado estável.
Ainda de acordo com a Polícia Civil, ele foi ouvido nesta quarta-feira. Ao longe desta quinta-feira, testemunhas prestaram depoimentos aos agentes. A polícia não divulgou o conteúdo do relato de Rudson para "não comprometer as investigações". Ele continua internado sob escolta de uma equipe da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap).
Ex-militar, Rudson abriu fogo na Igreja Batista Shalom na noite da última terça-feira. Três pessoas que estavam no templo, na ocasião, foram baleadas e não resistiram aos ferimentos. Antes de chegar ao centro religioso, assassinou a ex-namorada.
Segundo o porta-voz da Polícia Militar, major Flávio Santiago, testemunhas relataram que Rudson entrou na igreja e logo disparou contra o pai do pastor, Antônio Rama, que morreu no local. Recarregou a arma e fez outra vítima. Policiais que patrulhavam a região ouviram os disparos e seguiram para o local.
No momento em que eles entraram (na igreja), ele tomou uma mulher como refém e disse: 'Eu vim do inferno, tenho algumas missões para cumprir' e atirou nela. Deu nem tempo para negociação. Aí os policias atiraram nele, contou o major.
Sequência de mortes
De acordo com informações da Polícia Militar de Minas Gerais, antes de chegar à igreja, o homem foi até a casa onde estava a ex-namorada Heloísa Vieira, de 59 anos, e a golpeou com uma faca na altura do pescoço. A vítima foi resgatada pelo Corpo de Bombeiros, por volta das 19h45, levada ao hospital municipal, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
Com uma arma modelo garrucha, calibre 36, entrou no templo e efetuou o primeiro disparo na cabeça do pai do pastor da igreja e, em seguida, matou as fiéis identificadas como Rosangela Albernaz, de 58 anos, e Marilene Marins de Melo Neves, de 57.