O empresário Robson Giorno, de 45 anos, dono do Jornal O Maricá e pré-candidato a prefeitura de Maricá para as eleições de 2020, pelo partido Avante, foi assassinado, no fim da noite deste sábado, por volta das 22h, na Avenida Prefeito Ivan Mundin, via que corta os bairros Eldorado e Araçatiba, em Maricá, município da Região Metropolitana do Rio. No fim da noite, familiares de Giorno estiveram na Delegacia de Homicídios de Niterói São Gonçalo e Itaboraí (DHNSGI), responsável pelas investigações, mas não quiseram falar com a imprensa.
De acordo com a polícia, militares foram acionados para o local do crime após serem alertados sobre um homicídio a tiros. Informações de portais de notícias de Maricá, ainda não confirmadas pela polícia, afirmam que Giorno chegava em casa a pé quando um carro de cor prata passou na frente do imóvel e começou a atirar contra a vítima.
No início da madrugada, policiais civis foram ao local do crime para a perícia. Sobre o caso, a prefeitura de Maricá emitiu uma nota em que lamentou a morte de Giorno:
"A Prefeitura de Maricá manifesta seu pesar pela morte trágica do jornalista Robson Giorno e espera que as investigações conduzam rapidamente à identificação e punição dos responsáveis. Assim como reiteramos nosso compromisso com a liberdade de imprensa e de expressão, repudiamos também qualquer ato de violência. Reafirmamos ainda nossa permanente preocupação com a segurança de todos os que vivem e trabalham em Maricá. Nossos sentimentos à família", diz a nota enviada pela prefeitura.
Sua mulher, Simone Giorno, foi candidata a vereadora em 2016, pelo PSL, e obteve 179 votos, correspondente a 0,24% do total, não conseguindo ser eleita para a Câmara.
Início profissional aos 12 anos e desavenças políticas
Nas redes sociais, Giorno afirma que ficou órfão de pai aos cinco anos, quando teve que deixar o bairro de São Cristóvão e morar em Alcântara, São Gonçalo. Segundo a descrição, o empresário começou sua vida profissional aos 12 anos, trabalhando em uma padaria. Aos 14 anos, arrumou seu primeiro emprego de carteira assinada em uma ótica. Aos 18, Giorno começou a alugar bicicletas na Quinta da Boa Vista, Zona Norte do Rio. A ideia foi comprada por um empresário e, a partir de então, Giorno abriu lojas e construiu imóveis.
Também em seu perfil, Giorno indicou ter desavenças políticas na cidade onde morava: "Viva com simplicidade. Por que complicar as coisas ? Você acabará atrapalhando sua própria vida, porque as complicações nos atrasam. (...) E não podemos esquecer! Maricá é como o sol ! Uma nuvem pode até cobri-la, mas apaga-lá nunca!", diz o texto publicado.
Em 2015, Giorno registoru uma queixa na 82ª DP (Maricá) acusando o ex-prefeito de Maricá, Washington Quaquá, de ameaçá-lo com mensagens de texto. Ele também acusou o então subsecretário de Segurança de Maricá, William Siqueira, de agressão. Os dois brigaram numa praça, em fevereiro daquele ano. Na época, Quaquá classificou como "mentirosa" a denúncia e prometeu entrar na Justiça contra Giorno, então presidente do PSL em Maricá.