Sete sul-coreanos morreram e 19 estão desaparecidos após o naufrágio de um barco de turismo no rio Danúbio, em Budapeste, capital da Hungria, na noite desta quarta-feira (29), informaram as equipes de resgate.
"Sete pessoas foram hospitalizadas em situação estável com hipotermia, e nossos serviços constataram a morte de outras sete pessoas", disse Pal Gyorfi, porta-voz dos serviços de resgate.
A barco transportava 33 sul-coreanos e 19 permanecem desaparecidos, informou o ministério das Relações Exteriores em Seul.
No barco também se encontravam dois húngaros, membros da tripulação.
Uma equipe da embaixada sul-coreana também está no local.
De acordo com o jornal "Magyar Nemzet", o barco naufragou após colidir com outra embarcação, maior em tamanho, por volta das 22h (17h, de Brasília). As autoridades ainda vão investigar o que causou a batida.
Mihaly Toth, porta-voz da empresa proprietária do barco, disse à agência de notícias húngara MTI que a embarcação não tinha problemas técnicos.
"Era um passeio turístico de rotina. Não sabemos o que aconteceu. As autoridades estão investigando. Só sabemos que afundou rápido", disse Mihaly Toth.
Por causa das chuvas em Budapeste, o nível da água subiu durante o resgate, e as autoridades temem que isso dificulte as operações. Proprietários de marinhas e outros barcos aportados no rio ligaram luzes para iluminar a áreas das buscas, porque chove em Budapeste e há pouca visibilidade.
Embarcações no Danúbio
A agência Associated Press informou que a embarcação, identificada como "Hableany" (sereia, em tradução livre do húngaro) tinha dois andares, 27 metros de comprimento e capacidade para 45 pessoas em viagens de turismo.
Passeios de barco do tipo são comuns em Budapeste, capital húngara cortada pelo Danúbio. Alguns dos pontos turísticos da cidade, como o Parlamento da Hungria, ficam à margem do rio.
O presidente sul-coreano, Moon Jae-in, determinou "o emprego de todos os recursos disponíveis" para o resgate, informou seu gabinete.
O barco foi encontrado após várias horas de buscas, próximo à ponte Marguerite, que liga a cidade antiga - Buda - ao distrito de Peste, segundo a imprensa local.
O ministro húngaro da Saúde, Ildiko Horvath, visitou o local para manifestar suas condolências às famílias das vítimas.