A Justiça acatou a denúncia do Ministério Público e o policial militar Cleomário de Jesus Figueiredo, suspeito de matar o delegado José Carlos Mastique de Castro Filho, em uma ação policial ocorrida em Itabuna, no sul da Bahia, virou réu.
A aceitação da denúncia ocorreu no dia 6 de junho, mas só foi confirmada nesta terça-feira (18) pela assessoria de comunicação do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA). Ainda não há previsão de quando o julgamento deve acontecer.
Cleomário foi denunciado pelo MP-BA por homicídio qualificado no dia 28 de maio. De acordo com o órgão, a denúncia foi oferecida pelo promotor de Justiça Rafael Pithon.
Conforme a denúncia, o acusado teria atirado na vítima, acertando o delegado no peito, com uma submetralhadora SMT.40, quando ele se encontrava em "forma clara de rendição".
O caso ocorreu na madrugada de 28 de abril, na Avenida Félix Mendonça. Os disparos teriam acontecido após uma confusão em uma loja de conveniências, onde a vítima teria chegado atendendo a um pedido de ajuda.
O PM e um colega de trabalho que também participou da ação chegaram a ser presos em abril, em cumprimento de uma ordem judicial, contudo, segundo a Secretaria da Segurança Pública do estado (SSP-BA), foram liberados pela Justiça alguns dias depois.
Segundo a Polícia Militar, os agentes, que são lotados no 15º Batalhão, em Itabuna, estão cumprindo serviço administrativo.
Delegado
José Carlos Mastique entrou na Polícia Civil da Bahia em 1998, como escrivão na Delegacia de Porto Seguro, sul do estado. Em 2004, foi nomeado delegado e passou por várias unidades do interior. Atualmente, ele trabalhava na Delegacia de Cajazeiras, na capital baiana.
Mastique foi enterrado no dia 29 de abril, na cidade de Itabuna. O sepultamento foi realizado no Cemitério Campo Santo. Dezenas de familiares e amigos do delegado participaram da cerimônia. Ele deixou um filho.