GAROTA SEQUESTRADA POR PAI VOLTA PARA CASA EM BH E ENCONTRA COLEGAS
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Publicado em 23/06/2019

Ao voltar para casa após de ficar cinco meses na Nigéria, a garotinha, de 9 anos, sequestrada pelo pai recebeu muitos abraços de boas-vindas. A família foi buscar Atinuke, carinhosamente chamada de Keke, de 9 anos, no Aeroporto Internacional Belo Horizonte, em Confins, e se emocionou com a chegada da menina. Mas um dos abraços neste retorno foi especial. O do amigo Bernardo, também de 9 anos, que fez uma surpresa neste sábado (22).

Ao desembarcar, a garotinha havia dito que queria reencontrar todos os colegas de escola. Mas ela contou que estava com mais saudades de um deles: justamente o Bernardo.

em que a garotinha e a família dela soubessem, o menino foi até a casa de Keke, no bairro Serrano, na Região da Pampulha. A emoção do reencontro encheu os olhos de quem acompanhava de lágrimas. “Que saudade, Keke”, disse o garoto ao abraçar a amiga.

Keke e Bernardo são colegas de sala. Em maio, na escola onde Atinuke estuda em Belo Horizonte, os amigos escreveram cartinhas e fizeram desenhos para ela.

“A gente sempre fazia tudo junto, a gente confiava um no outro, a gente sempre brincava junto, a gente podia contar tudo da nossa vida, guardava segredo”, disse Bernardo na época.

Sequestro

De acordo com a Justiça, o nigeriano Michael Akinruli teve autorização judicial para viajar com a filha Atinuke no início do ano, mas deveria ter voltado em fevereiro. Após o prazo determinado, a advogada dele mandou um e-mail para Laurimar.

 

O texto informava que Akinruli tinha entrado com um processo de guarda da criança na Nigéria e que já havia encaminhado a matrícula da filha em uma escola. A mãe, então, acionou a Justiça brasileira.

No início de abril, a Justiça mineira suspendeu a guarda compartilhada. A mãe, desde então, tem a guarda exclusiva da menina. Um inquérito foi instaurado e no início de maio, o nigeriano teve a prisão preventiva decretada pelos delitos de subtração de incapaz, desobediência e falsidade ideológica.

Akinruli foi preso pela polícia local com a ajuda da Interpol. A menina foi encontrada com ele. A princípio, o consulado brasileiro em Lagos ficou com a custódia dela. Dois dias depois da prisão, Akinruli assinou autorização para que a guarda fosse transferida para Laurimar.

A Justiça deve pedir a extradição dele para que o nigeriano seja julgado aqui no Brasil.

"A gente espera que a Justiça brasileira julgue e ele pague por esses crimes aqui", disse advogada de Laurimar, Nádia de Castro Alves.

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