02 ANOS DEPOIS POLÍCIA OUVE PRESOS SOBRE MASSACRE EM ALCAÇUS NO RN
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Publicado em 17/07/2019

Cerca de dois anos e meio após o massacre que vitimou 26 presos dentro da maior penitenciária do Rio Grande do Norte, uma equipe da Polícia Civil está dentro do Presídio Rogério Coutinho Madruga - conhecida como pavilhão 5 do complexo de Alcaçuz na manhã desta quarta-feira (17). Desde segunda-feira (15), a Delegacia de Homicídios de Proteção à Pessoa (DHPP) ouve os presos sobre a batalha entre facções que aconteceu em janeiro de 2017, para poder concluir o inquérito do caso. A expectativa é ouvir um total de 266 pessoas.

O massacre dentro de Alcaçuz foi o mais brutal e sangrento episódio da história do sistema prisional potiguar. Uma batalha entre facções criminosas rivais dentro da unidade, que passou vários dias sem controle do Estado. O caso completou dois anos no dia 14 de janeiro deste ano. Desde então, a penitenciária - a maior do Rio Grande do Norte - foi reformada e ganhou reforço na segurança.

Passado tanto tempo, porém, as investigações ainda não foram concluídas. A expectativa é concluir essa etapa ouvindo os presos. A polícia não especificou quantos são classificados como suspeitos. Um total de 57 pessoas foram ouvidos na última segunda-feira (15), outras 98 nesta terça-feira (16) e o trabalho deve ser concluído nesta quarta, com 111 oitivas.

Delegacias móveis com quatro equipes Polícia Civil foram enviadas para o presídio Rogério Coutinho Madruga, conhecido como pavilhão 5 de Alcaçuz. "Nós ainda não temos o número de suspeitos, porque ainda estamos ouvindo todos, colhendo as provas, para poder indicar as pessoas responsáveis", afirmou o delegado Marcus Vinícius, responsável pela investigação.

De acordo com ele, presos que já tinham sido transferidos para outras unidades do sistema também foram ouvidos. A expectativa é concluir o inquérito do caso até agosto.

"Existe uma coisa no meio (da investigação) que é o motivo de termos levarmos tanto tempo. Mas isso será esclarecido no final da investigação. Agora, poderia atrapalhar", afirmou o delegado, sobre os motivos da demora na investigação do caso.

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