Em relatório divulgado na terça-feira (23) à noite, o Fundo Monetário Internacional (FMI) recomendou que o Brasil mantenha os gastos no programa Bolsa Família e não corte mais investimentos públicos.
No relatório, o conselho executivo da entidade “enfatiza a necessidade de se proteger os investimentos públicos e a efetividade dos programas sociais, como o Bolsa Família”, para que o país recupere o ritmo de crescimento.
Em maio, o FMI já havia reduzido a expectativa de alta do PIB do país, que, nesta semana, foi estimada em 0,82% em 2019 pelo próprio Banco Central brasileiro.
Segundo os diretores do FMI, essas [Bolsa Família e investimentos públicos] são condições essenciais para responder “aos legados de baixo crescimento econômico e aumento do déficit público” no país nos últimos anos.
O diagnóstico do órgão vai de encontro à posição que Jair Bolsonaro defendeu durante toda sua carreira de parlamentar, criticando o programa – após a posse, o presidente mudou de ideia e passou a defender até a ideia de um 13º salário para os beneficiários.
O órgão alertou ainda que “a reforma da Previdência é necessária, mas não é suficiente para a sustentabilidade fiscal” do país.