O ex-executivo da Odebrecht Maurício Ferro foi preso na manhã desta quarta-feira (21) na 63ª fase da Operação Lava Jato. O advogado Nilton Serson também é alvo de mandado de prisão, mas está nos Estados Unidos.
Na casa de Ferro, em São Paulo, foram apreendidas quatro chaves de criptografia que podem dar acesso a pastas do sistema de propina da Odebrecht com conteúdo desconhecido pela Polícia Federal (PF).
No início da manhã, a Polícia Federal divulgou que a operação apurava pagamento de propina aos ex-ministro Antônio Palocci e Guido Mantega. Mas, de acordo com o Ministério Público Federal (MPF), esta fase investiga quem são os destinatários finais do dinheiro.
Sabe-se que a Mantega é réu na ação penal que originou a operação desta quarta-feira. O processo trata do pagamento de propina para a edição Medidas Provisórias. Palocci chegou a ser denunciado, contudo a acusação contra ele não foi aceita pela Justiça.
De acordo com o procurador Antônio Carlos Welter, o Ministério Público Federal (MPF) conseguiu identificar que uma parte do dinheiro foi enviada para a Suíça e que outra parte foi para os Estados Unidos, mas que não há "controle sobre estes valores".
Ele disse ainda que os mandados de prisão foram expedidos agora "para evitar que estes recursos desapareçam".
Segundo o MPF, operação realizada nesta quarta-feira (21) busca identificar beneficiários finais de R$ 118 milhões pagos pela Braskem por meio de setor de propinas da Odebrecht. Foram apreendidas 4 chaves que podem dar acesso a pastas do sistema de propina com conteúdo desconhecido pela investigação.