O cunhado da apresentadora Ana Hickmann, Gustavo Correa, deve ser julgado na tarde desta terça-feira (10), na sede do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), no bairro Serra, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. Ele é acusado de matar Rodrigo Augusto de Pádua, que dizia ser fã de Hickmann.
Correa foi absolvido em primeira instância pelo TJMG, mas o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) recorreu da decisão. Ele responde ao processo pela morte de Pádua, que planejou um atentado contra a apresentadora em um hotel de Belo Horizonte, em 2016.
Absolvição
De acordo com a decisão da juíza do 2º Tribunal do Júri de Belo Horizonte, Âmalin Aziz Sant'Ana, Correa agiu em legítima defesa. Além de absolvê-lo, a magistrada entendeu que o cunhado de Ana Hickmann não deve ir a júri popular.
Na época, a defesa de Gustavo Correa afirmou que já era esperado que o MPMG questionasse a decisão. “A gente reforça o posicionamento da sentença, que é irretocável. Temos certeza que o Tribunal de Justiça vai confirmar a decisão da juíza Âmalin”, disse o advogado Maurício Bemfica.
Processo
A apresentadora Ana Hickmann sofreu um atentado por um fã na capital mineira, em maio de 2016. O crime aconteceu dentro de um hotel no bairro Belvedere, na Região Centro-Sul. Gustavo atirou e matou Rodrigo, após ele atirar na mulher de Correa, Giovana Oliveira, assessora da apresentadora.
O cunhado de Ana Hickmann foi denunciado pelo MPMG por homicídio doloso, quando há intenção de matar. O argumento do promotor Francisco Santiago é que como Rodrigo foi morto com três tiros na nuca, houve excesso de legítima defesa e se configura um crime de homicídio.
A juíza considerou a luta corporal entre Gustavo e Rodrigo, sem que o fã largasse a arma, a tensão do réu e a ausência de fatos que comprovem que o cunhado de Ana Hickmann estaria no controle da situação quando atirou.
Rodrigo Augusto de Pádua, que era de Juiz de Fora, na Zona da Mata, estava hospedado no mesmo hotel que Ana Hickmann, no dia 21 de maio de 2016. Segundo o boletim de ocorrência, ele rendeu Gustavo e o obrigou a ir até o quarto de Ana, onde também estava a mulher dele, Giovana, que é assessora da apresentadora.
O delegado de Homicídios Flávio Grossi contou à época do crime que Ana Hickmann desmaiou depois que Giovana, já baleada, caiu de costas sobre seu braço. As duas foram socorridas pelo cabeleireiro que atenderia a modelo. Ele chegou a gravar, no telefone, trechos da conversa de Rodrigo com a equipe de Ana Hickmann rendida dentro do quarto.
As duas mulheres deixaram o quarto no momento em que Gustavo começou a lutar com Rodrigo. Na luta, Rodrigo foi morto com três tiros. Giovana contou, em depoimento, que o fã falou em "roleta russa".
Após ser baleada, Giovana ficou internada em um hospital de Belo Horizonte até o dia 25 de maio, quando foi transferida para o Hospital Sírio Libanês, em São Paulo. Ela teve alta no dia 2 de junho de 2016.
No perfil que Rodrigo mantinha no Instagram, todos os posts eram relacionados à apresentadora, que o fã dizia amar. Flávio Grossi disse que a família de Rodrigo Augusto de Pádua sabia do fascínio do jovem pela modelo.