MÃE PODE TER SIMULADO SUICÍDIO DA FILHA APÓS A ESPANCAR EM SÃO PAULO
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Publicado em 11/09/2019

A Polícia Civil investiga a morte de uma adolescente de 15 anos em Praia Grande, no litoral de São Paulo. Ela morreu no prédio onde morava, um dia depois de sair de um abrigo municipal para onde havia sido levada após sofrer violência doméstica. As agressões eram cometidas pela mãe.

A adolescente foi encontrada morta na semana passada após cair do apartamento da família, que fica no décimo andar, segundo o delegado Sérgio Nassur, da Delegacia Sede da cidade. Ao apurar o caso, a polícia começou a suspeitar que a mãe simulou um suicídio para encobrir o assassinato da filha.

Vídeos obtidos pela polícia depois da morte mostram a mãe agredindo violentamente a adolescente. Nas imagens, a garota aparece sendo alvos de golpes com pedaço de madeira no quarto e depois no banheiro, enquanto ela tomava banho. Ainda não se sabe quem gravou, mas a suspeita é que tenha sido irmã caçula da vítima, de 10 anos.

No mês passado, uma denúncia fez com que o Conselho Tutelar procurasse a mulher e as filhas, segundo a conselheira tutelar Sueli Agrela. Todas foram ouvidas e encaminhadas à delegacia, onde ficou determinado que as duas meninas, a adolescente e a criança, fossem recolhidas para um abrigo municipal enquanto ocorresse o inquérito, que foi aberto.

O irmão mais velho das duas meninas, que mora na capital, retirou ambas do abrigo. Segundo a Prefeitura de Praia Grande, a liberação ocorreu porque ele foi identificado como "figura protetiva familiar" e também assinou um termo de responsabilidade garantindo que as duas estariam em segurança, mas as devolveu à mãe.

"Elas não deveriam ter saído do abrigo para serem devolvidas à casa de onde elas haviam sido anteriormente retiradas por conta de situação idêntica. Precisamos apurar se o desabrigamento não teria seguido formalidades. Não há ou não haveria documentação a respeito disso", explica o delegado Sérgio Nassur.

Segundo Ministério Público de São Paulo, serão ouvidos no inquérito o zelador do prédio, vizinhos da família, o responsável pelo abrigo municipal e o conselho tutelar. O laudo da perícia vai determinar a real causa da morte, mas não ainda não há prazo para ele ser divulgado. O nome dos envolvidos permanece em sigilo enquanto ocorrem as investigações.

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