A Polícia Civil usou cães farejadores para periciar a roupa de duas pessoas como parte da investigação do assassinato da jovem Aline Silva Dantas, de 19 anos, que estava desaparecida desde domingo (8) e foi encontrada morta na quarta-feira (11), em Alumínio (SP).
Uma das pessoas que teve a roupa periciada foi o marido de Aline, João Vitor de Almeida - a outra não teve a identidade divulgada. O exame descartou a presença das duas pessoas no local do crime.
Aline foi encontrada em uma área de mata cercada por residências na Vila Santa Luzia. Ela teve o corpo parcialmente carbonizado e estava coberta com pedaços de madeira que também estavam queimados.
Segundo a polícia, a identificação foi feita com base nos traços da vítima e de pedaços do vestido que ela usava no dia do desaparecimento.
O velório da jovem foi realizado na manhã desta quinta e logo depois ela foi enterrada no cemitério municipal.
Tentativa de defesa
Em entrevista à TV TEM, a delegada Luciane Bachir, da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Sorocaba (SP) disse que Aline tentou se defender das agressões. Segundo a Polícia Civil, o corpo da vítima apresentava marcas. Nenhum suspeito foi identificado até agora.
"Não se sabe como, mas ela tem lesão de defesa. Ela tem mancha no pescoço, mas não se sabe do que, se é uma esganadura, por exemplo. Também tem lesão na mão, a princípio sem perfurações. São lesões características de defesa", explica Bachir.
Desaparecimento
A jovem foi vista pela última vez no domingo, quando saiu a pé de casa para ir até a farmácia comprar fraldas para a filha, de um ano e nove meses.
Câmeras de segurança de casas e comércios registraram Aline entrando na farmácia e caminhando pelas ruas da cidade, sempre sozinha.
A mãe dela, Maria Zuleide Silva, disse que a filha não costumava sair sozinha e que, geralmente, só saía para ir até a igreja ou acompanhada da família.
Segundo a polícia, Aline tentou usar um cartão corporativo do marido para comprar as fraldas, que não funcionou porque estava desativado pela empresa onde o companheiro trabalhava.
Após a morte dela ter sido confirmada, amigos e parentes começaram uma campanha para arrecadar leite e fraldas para a filha da jovem, que, segundo um cunhado, ainda mamava e pergunta da mãe o tempo todo.