A investigação de homicídios no Brasil vem se tornando mais difícil e complexa com o avanço e a interiorização do crime organizado. Facções do tráfico e milícias usam seu poder de fogo e capacidade financeira para esconder provas, ameaçar testemunhas e cooptar agentes da lei. Monitor da Violência: dois anos depois, quase metade dos casos de morte violenta continua em aberto na polícia. Para lidar com essas dificuldades, afirmam os especialistas, é necessário maior investimento em perícia e inteligência para desarticular organizações e reunir provas que levem à condenação dos assassinos. Também é preciso aumentar o efetivo de policiais civis e peritos, além de melhorar a integração da polícia com o Ministério Público e a Justiça. Ouvidos 5 delegados e 4 promotores de 7 estados que elencam os seguintes desafios na investigação de homicídios no Brasil:
Expansão do crime organizado
Falta de pessoal na Polícia Civil
Falta de acompanhamento dos avanços tecnológicos
Falta de capacitação de peritos e de investimento em estrutura
Melhora no atendimento ao local do crime
Dificuldade para investigar confrontos policiais
Falta de integração entre os sistemas
Baixo investimento no programa de proteção à testemunha
Modernização do Código Penal e da legislação
Falta de investimento e ação do crime organizado tornam mais difíceis a apuração das mortes violentas no país, afirmam especialistas de sete estados pela Reportagem.