MINISTÉRIO IDENTIFICA SUBSTÂNCIAS TÓXICAS EM 08 MARCAS DE CERVEJA
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Publicado em 17/01/2020

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) afirmou na tarde desta quinta-feira (16) que identificou as substâncias dietilenoglicol e monoetilenoglicol em oito rótulos produzidos pela cervejaria Backer, de Belo Horizonte. Quatro pessoas morreram: em uma delas, a Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais confirmou intoxicação por dietilenoglicol após consumo da cerveja; outras três mortes estão em investigação.

De acordo com o Mapa, no total são 21 lotes contaminados, sendo que um deles foi usado para produzir dois rótulos. Além das marcas Belorizontina e Capixaba divulgados anteriormente, foram encontradas as substâncias tóxicas em outras seis marcas:

Backer D2

Backer Pilsen

Brown

Capitão Senra

Fargo 46

Pele Vermelha

As análises são realizadas pelos Laboratórios Federais de Defesa Agropecuária. Na semana passada, o Ministério da Agricultura interditou a fábrica da Backer, localizada no bairro Olhos D’água, na Região Oeste de Belo Horizonte. Na ocasião, foram apreendidos 139 mil litros de cerveja engarrafadas e 8.480 litros de chope. Também foram lacrados tanques e demais equipamentos de produção.

A Polícia Civil de Minas investiga se o consumo da cerveja Belorizontina contaminada com a substância dietilenoglicol está relacionada com a morte de quatro pessoas decorrentes da chamada síndrome nefroneural. Ao todo a corporação investiga 18 casos da doença no estado.

Na última segunda-feira (13), o ministério determinou o recolhimento de todos os rótulos da Backer do mercado. De acordo com o Mapa, a água usada na produção da cerveja está contaminada com o monoetilenoglicol e o dietilenoglicol, por isto a medida foi determinada.

Quando o primeiro lote de Belorizontina contaminado foi identificado, a diretora de marketing da Backer, Paula Lebbos, afirmou que ele correspondia a cerca de 33 mil garrafas. O volume de garrafas contaminadas nestes 21 lotes não foi informado.

Questionada a Backer sobre a identificação de novos rótulos contaminados com dietilenoglicol e o aumento de lotes e aguarda um retorno. A cervejaria nega usar o dietilenoglicol em seu processo de produção.

Resumo:

Uma força-tarefa da polícia investiga 18 notificações de pessoas contaminadas após consumir cerveja; quatro morreram;

Os sintomas da síndrome nefroneural incluem náusea, vômito e dor abdominal, que evoluem para insuficiência renal e alterações neurológicas;

O Ministério da Agricultura identificou 21 lotes de cerveja da Backer contaminados com dietileglicol, um anticongelante tóxico;

A Backer nega usar o dietilenoglicol na fabricação da cerveja;

A cervejaria foi interditada, precisou fazer recall e interromper as vendas de todos os lotes produzidos desde outubro;

Diretora da cervejaria disse que não sabe o que está acontecendo e pediu que clientes não consumam a cerveja.

Lotes contaminados

Backer D2 L1 2007

Backer Pilsen L1 1549

Backer Pilsen L1 1565

Belorizontina L2 1197

Belorizontina L2 1348

Belorizontina L2 1354

Belorizontina L2 1455

Belorizontina L2 1464

Belorizontina L2 1474

Belorizontina L2 1487

Belorizontina L2 1546

Belorizontina L2 1557

Belorizontina L2 1593

Belorizontina L2 1604

Belorizontina L2 1604

Brown 1316

Capitão Senra L2 1571

Capitão Senra L2 1609

Capixaba L2 1348

Fargo 46 L1 4000

Pele Vermelha L1 1345

Pele Vermelha L1 1448

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