SOBE P/ 19 OS CASOS DE INTOXICAÇÃO, NOVO CASO REGISTRADO EM CAPELINHA
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Publicado em 17/01/2020

Agora são 19 os casos de intoxicação por dietilenoglicol notificados pela Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais. De acordo com boletim divulgado nesta sexta-feira (17), o registro mais recente aconteceu em Capelinha, na Região do Vale do Jequitinhonha. Quatro pessoas morreram e 15 estão internadas em estado grave.

Ainda segundo o órgão, são 17 homens e duas mulheres que apresentaram os sintomas. Quatro casos de intoxicação por dietilenoglicol foram confirmados e os 15 restantes continuam sob investigação.

Até então chamada de síndrome nefroneural pelas autoridades de saúde, os casos passam a ser denominados, a partir de agora, de intoxicação por dietilenoglicol. A denominação de "síndrome", segundo a secretaria, era porque não se sabia o que estaria provocando quadros de insuficiência renal e alterações neurológicas nos pacientes.

A Secretaria de Estado de Saúde explicou que apenas a Polícia Civil tem a tecnologia necessária para fazer exames e confirmar com precisão se os pacientes que estão internados foram contaminados pelo dietilenoglicol. Esta seria o motivo apontado pelo órgão para a demora da confirmação dos demais casos.

"É rara a intoxicação por dietilenoglicol. A gente não sabe em relação a sequelas, evolução. Existe a possibilidade de que estes pacientes se recuperem, mas pode ser que também tenham sequelas", disse a infectologista e diretora do Hospital Eduardo de Menezes Virgínia Antunes de Andrade.

Sintomas

Os sintomas começam a se manifestar nas primeiras 72 horas após a ingestão. Os primeiros sinais de intoxicação por dietilenoglicol são dores abdominais, náuseas e vômitos.

Entre os sintomas estão alterações neurológicas e insuficiência renal. O tratamento é feito no hospital, com monitoração, e tem o etanol como antídoto.

 Além disso, os pacientes precisam passar por hemodiálise, para retirada do organismo dietilenoglicol e dos metabólicos produzidos.

 Resumo:

Uma força-tarefa da polícia investiga 18 notificações de pessoas contaminadas após consumir cerveja; quatro morreram;

Os sintomas da intoxicação incluem náusea, vômito e dor abdominal, que evoluem para insuficiência renal e alterações neurológicas;

O Ministério da Agricultura identificou 21 lotes de cerveja da Backer contaminados com dietileglicol, um anticongelante tóxico;

A Backer nega usar o dietilenoglicol na fabricação da cerveja;

A cervejaria foi interditada, precisou fazer recall e interromper as vendas de todos os lotes produzidos desde outubro;

Diretora da cervejaria disse que não sabe o que está acontecendo e pediu que clientes não consumam a cerveja

Veja lista das mortes investigadas

Paschoal Dermatini Filho, de 55 anos. Ele estava internado em Juiz de Fora e morreu em 7 de janeiro. A morte causada por dietilenoglicol foi confirmada

Antônio Márcio Quintão de Freitas, de 76 anos. Morreu no Hospital Mater Dei, em Belo Horizonte.

Milton Pires, de 89 anos. Morte confirmada pela SES nesta quinta-feira (16). Também morreu no Hospital Mater Dei.

Maria Augusta de Campos Cordeiro, de 60 anos. A morte havia sido notificada pela Secretaria Municipal de Saúde de Pompéu, mas só foi confirmada pela SES nesta quinta-feira (16).

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