Uma mulher de 81 anos morreu na noite de domingo (2) após ser arrastada pela correnteza formada pela chuva forte que caiu em toda a Região Metropolitana. Um rio transbordou.
O caso aconteceu no bairro Mangueira, em Nova Iguaçu. A informação foi confirmada pela TV Globo com a Defesa Civil do município.
De acordo com a prefeitura, Sebastiana Pedreira da Silva chegou a ser levada para a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) de Comendador Soares, mas já chegou morta.
Outras duas pessoas também foram levadas para o Hospital-Geral de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Uma criança de 10 anos teve escoriações pelo corpo e segue internada. Andréia Pereira da Silva, de 42 anos, também chegou à unidade com escoriações, mas foi atendida e recebeu alta.
A Prefeitura de Nova Iguaçu informou que registrou 15 ocorrências por causa do temporal e que está vistoriando os locais de onde foram feitos os chamados.
Na manhã desta segunda-feira (3), moradores da região ainda limpavam as casas e lembravam os momentos de terror que viveram por causa da forte chuva. A secretária Joelma Louvisi presenciou o momento que a família foi arrastada pela água.
“Eles estavam aqui, na direção desta porta, e de lá eu gritava, mas eles não escutavam. Aí rompeu a parte onde está o carro, da garagem. Logo em seguida, eles estavam aqui. Foi onde rompeu o muro, com tudo. E a família foi levada pela correnteza”, contou a moradora.
Ela conta que as pessoas tentaram correr atrás, mas a enchente estava muito forte.
“De repente, o pessoal da esquina de baixo começou a gritar que tinha um menino debaixo do carro. Correram, levantaram o carro e tiraram o menino, muito machucado. E continuamos procurando pela senhora, quando encontraram o corpo em uma esquina abaixo. Corremos para ver e era ela”, destacou.
Alagamentos são rotina, dizem moradores
A aposentada Sueli Chagas contou que a vizinhança não dormiu para limpar as casas. Ela também afirmou que não é a primeira vez que as moradias da região são invadidas por lixo e esgoto.
“Aqui, uma chuvinha de 15 minutos já causa cheia. Com uma certa proporção, ela entra dentro de casa. É um estrago só. A gente tem uma casa com dificuldade. Queima a geladeira, ninguém paga. Estraga tudo”, explicou Sueli.
O aposentado Reginaldo Braga conta que as inundações são uma rotina nesta época do ano e que as autoridades têm conhecimento do problema. Ele diz que se sente constrangido pela situação.
“A gente fica dentro d'água, desentope, lava a casa depois, tira a lamaceira de dentro”, contou sobre sua rotina em casa.