As chuvas volumosas que atingiram o Rio de Janeiro e a Baixada Fluminense, desde a noite de sábado, foram causadas pela Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS). Segundo o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a frente fria bloqueada pelo Sudeste foi alimentada pela umidade que vem da Amazônia em altitude, formando um grande corredor de nuvens carregadas. Quando a ZCAS se forma é sinal de grande quantidades de chuvas, o que causa transbordamentos e enchentes e significa que teremos vários dias de chuvas persistentes e volumosas.
O meteorologista do Inpe Maicon Veder explica que a instabilidade no Rio e Região Metropolitana pode durar até 11 dias. Esse sistema meteorológico é típico desta época do ano, ou seja, no verão, que tem forte influência sobre o tempo e o clima e se caracteriza por ser uma interação entre eventos meteorológicos das latitudes médias e tropicais.
Os danos são típicos desta época do ano, e já tivemos episódios parecidos em décadas chuvosas. Isso ocorre pela ZCAS que é um sistema que modula a estação chuvosa do Sudeste e Centro-Oeste, que só se configura com, no mínimo, três dias de chuva. Geralmente, ela tem durado de quatro a cinco dias, mas pode chegar até 11 dias no Rio afirma o meteorologista.
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A previsão é que o tempo melhore no meio da semana, mas deve voltar a chover no fim de semana. Segundo o Climatempo, na terça-feira, dia 3, o sol pode até aparecer em alguns momentos, mas a formação de uma área de baixa pressão no mar, perto da costa do estado do Rio de Janeiro, vai manter o risco alto de chuva e que ainda pode ser moderada a forte.
Entre a quarta-feira e a sexta-feira, dias 4 e 6 de março, todo o estado permanece com muitas nuvens e mesmo com chance de períodos com sol, a chuva pode ocorrer a qualquer hora e há condições para chuva moderada a forte, com raios e fortes rajadas de vento.