O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) concluiu o relatório sobre as causas da queda de um avião que matou cinco pessoas em Caldas Novas, região sul de Goiás. O acidente aconteceu em 2013 e, segundo o documento, foi causado por falta de combustível.
O laudo destacou que houve falha nos dois motores motivada pela pane seca, quando o piloto se aproximava para realizar o pouso na pista do aeródromo da cidade. O avião, modelo Seneca 3, prefixo PTVRF, caiu a 760 metros do local onde desceria.
O avião decolou da cidade de Ouro Fino (MG) com destino a Gurupi (TO). O pouso em Caldas Novas ocorreria para o abastecimento.
O acidente aconteceu no dia 20 de setembro. Além do piloto, também estavam na aeronave outros dois homens e duas mulheres. Todos eles morreram na queda, que deixou o avião completamente destruído. Apesar disso, não houve incêndio.
O relatório pontuou que as condições climáticas eram favoráveis e que o piloto estava habilitado para realizar o voo.
Atitude do piloto
O Cenipa destacou que as atitudes do piloto em relação a itens denominados como "indisciplina de voo" e "julgamento de pilotagem" contribuíram para a queda.
Isso porque, de acordo com o órgão, ele não obedeceu regras sobre a quantidade mínima de combustível para o voo por acreditar que, com o volume contido no tanque, seria possível manter o pouso. A reserva da aeronave estava menor do que determina as normas
O laudo revela ainda que ocorreram "dificuldades na negociação" entre o dono da aeronave e outro piloto que já conduziu a mesma sobre o local do abastecimento. Narra o documento que o dono pedia sempre para realizar o pouso em Caldas Novas, o que era rebatido pelo profissional, que descia em uma cidade anterior por considerar o procedimento mais seguro.