BR: ONZE SÃO PRESOS EM OPERAÇÃO CONTRA MILÍCIA NO RIO DE JANEIRO
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Publicado em 02/06/2020

A Polícia Civil e o Ministério Público do Rio de Janeiro iniciaram nesta terça-feira (2) uma operação contra uma milícia que atua na comunidade do Tirol, em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio. Os agentes visam cumprir 21 mandados de prisão, quatro contra policiais militares.

Até a última atualização desta reportagem, 11 mandados de prisão tinham sido cumpridos. Sete suspeitos foram presos na manhã desta quarta e outros quatro criminosos já estão cumprindo pena por outros crimes no sistema prisional. Dos quatro PMs procurados, dois já foram presos.

Um deles é Anderson Gonçalves de Oliveira, o Andinho. Segundo o Ministério Público, ele é um dos comandantes da milícia que domina a grande Jacarepaguá, juntamente com Fabiano Vieira da Rocha, o Fabi, e Almir Gomes da Silva.

A força-tarefa cumpre ainda 35 mandados de busca e apreensão.

Segundo as investigações, o grupo extorquia de moradores daquela região e agia com violência. Entre os crimes cometidos pelo grupo, além de homicídios e extorsões, estava a cobrança de diversas taxas, como de segurança pelos comerciantes e transporte de passageiros, venda ilegal de botijões de gás, internet e sinal de tv a cabo ilegais, agiotagem e construções irregulares em áreas de proteção ambiental.

Parte desse dinheiro tinha que ser entregue ao grupo composto por Andinho, Fabi e Almir Gomes da Silva, sucessores do ex-PM Orlando Oliveira de Araújo, o Orlando Curicica, que em 2018 foi transferido para um presídio federal fora do Rio.

A Delegacia de Homicídios começou a investigar o grupo após o homicídio de Sergio Luiz de Oliveira Barbosa, em março de 2019. Ele era suspeito de comandar a milícia da localidade. A apreensão do celular dele possibilitou a identificação de outros suspeitos.

Os suspeitos vão responder pelo crime organização criminosa. Um dos PMs teve a prisão pedida pela Auditoria de Justiça Militar por corrupção passiva.

"Infelizmente, nessa ação, quatro agentes públicos estão envolvidos com essa quadrilha. Com a prisão dessas pessoas, o número de homicídios continuará caindo ainda mais. Certamente, a retirada de circulação desses marginais vai influenciar na diminuição desses números", afirmou o delegado Antônio Ricardo, delegado chefe do Departamento Geral de Homicídios e Proteção à Pessoa da Polícia Civil.

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