OCUPAÇÃO DE LEITOS DE UTI JÁ PASSA 80% EM DOSE CIDADES MINEIRAS - BRA
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Publicado em 25/06/2020

RESUMO

Das 14 macrorregiões do estado, três já operam com 100% da capacidade

Nessas áreas, pacientes com covid-19 e com outras doenças ocupam todos os leitos de terapia intensiva disponíveis

Chama a atenção o caso de Ipatinga, no Vale do Aço, que atende a quase 50 municípios e opera com 110% da capacidade

Com uma taxa de ocupação de 90% dos leitos públicos de terapia intensiva em todo o estado, Minas já tem hoje locais que chegaram no limite de capacidade da rede SUS. Das 14 macrorregiões do estado, três já operam com 100% da capacidade: Vale do Aço, Leste e Triângulo do Norte, uma subdivisão do Triângulo Mineiro. 

Os dados disponibilizados pela Secretaria de Estado de Saúde mostram que, nessas áreas, pacientes com covid-19 e com outras doenças ocupam todos os leitos de terapia intensiva disponíveis. Pelo menos outras cinco macrorregiões de Minas também já estão bem perto do limite da capacidade de atendimento em UTIs. Levantamento feito pela Itatiaia mostra que, nas 12 cidades que figuram no ranking entre aquelas com mais casos e mortes por covid-19 em Minas, há realidades bem distintas. Mas, ao menos metade delas já tem uma taxa de ocupação de leitos de terapia intensiva acima de 80%. 

Chama a atenção o caso de Ipatinga, no Vale do Aço, que atende a quase 50 municípios e opera com 110% da capacidade. Na verdade, entram na contagem leitos considerados transitórios, abertos para atender pacientes que precisam de ventilação mecânica, mas sem todos os cuidados disponibilizados pela UTI. O prefeito de Ipatinga, Nardyello Rocha, do Cidadania, ressalta que o quadro na cidade, é crítico há semanas, que foram criados leitos, mas falta apoio do governo de Minas.

Uberlândia, no Triângulo Mineiro, está bem perto do limite, com 97% dos leitos de UTI ocupados. Apesar disso, o coordenador da rede de urgência e emergência da Secretaria Municipal de Saúde, Clauber Lourenço, está otimista e diz que a cidade se preparou para a pandemia. Mas que a população precisa também fazer a sua parte.

Em Juiz de Fora, na Zona da Mata, a taxa de ocupação de leitos de UTI está em 83%. Ainda assim,  o secretário-adjunto de Saúde, Clorivaldo Rocha Corrêa, diz que  há uma preocupação com a possibilidade de um colapso no sistema público de saúde por causa da velocidade do avanço dos casos.

Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri, chegou bem perto de 100% de ocupação dos leitos de UTI durante essa pandemia. Após abrir mais vagas, a cidade tem hoje uma situação bem mais tranquila. Além da abertura de vagas, o prefeito Daniel Sucupira (PT) atribui o atual cenário a medidas rígidas de isolamento e ampliação de testagem.

Essas cidades estão entre as que concentram mais mortes e casos de coronavírus em Minas. E, como a Itatiaia já mostrou anteriormente, os municípios têm números bem mais elevados dos apresentados pelo boletim oficial do governo do Estado. Em apenas 12 cidades que concentram a maior parte de óbitos e pessoas infectadas, são 3. 505 casos e 74 óbitos a mais do que os mostrados pela Secretaria Estadual de Saúde,  levando em conta os números fechados até o dia 23. 

Nota 

Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde ressalta que, em virtude dos fluxos adotados para a notificação de doenças e agravos, para a publicação no Boletim SES-MG COVID-19, precisa aguardar a notificação oficial do caso pelo município de residência e/ou ocorrência. A notificação dos casos deve ocorrer via sistema de informação (e-SUS VE e/ou SIVEP-Gripe) ou pelos meios de comunicação oficiais previamente estabelecidos. Eventuais divergências podem ocorrer em decorrência do atraso na notificação oficial do caso pelo município. Em relação aos resultados dos exames, não há atraso no lançamento dos resultados. A atualização é feita diariamente.

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