POLUIÇÃO VOLTA A MANCHAR ORLA DA BARRA DA TIJUCA NO RIO DE JANEIRO
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Publicado em 05/08/2020

Um velho problema que o carioca enfrenta há anos voltou a aparecer nesta semana. Um registro feito pelo biólogo Mario Moscatelli nesta terça-feira mostra uma enorme mancha negra saindo do canal da Joatinga em direção ao mar na Barra da Tijuca. Segundo o biólogo, o fenômeno é recorrente durante as marés baixas, que ocorrem nas luas cheia e nova, e pode durar até cinco dias.

Naquela água, há esgoto, detritos e sedimentos. Dependendo de alguns fatores como correnteza e água, a mancha pode atingir as Ilhas Tijuca e até a Praia de São Conrado, explica o biólogo.

Moscatelli atribui a poluição a dois velhos problemas da cidade e da região: a falta de saneamento universal e a urbanização descontrolada. Ele ainda explica que, mais perto do Quebra-mar, é possível ver a poluição da praia, mas em alguns pontos mais distantes, os banhistas podem não perceber e entrar em contato com a água contaminada:

Quando esses dois problemas aumentam, por consequência, a poluição também se agrava. O que há 60 anos era algo pequeno, agora é um problema gigantesco, avalia.

Procurados, a Cedae e o Inea não responderam até a publicação desta reportagem. A Rio Águas informou que a responsabilidade o complexo lagunar de Jacarepaguá é do Governo do Estado.

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