BOLSONARO DEVERÁ PRORROGAR NOVO AUXÍLIO POR MAIS 04 MESES A R$ 300.00
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Publicado em 29/08/2020

O governo deve prorrogar o Auxílio Emergencial até dezembro deste ano, com quatro parcelas de R$ 300, valor defendido pelo presidente Jair Bolsonaro, segundo apurou o jornal O Estadão de S. Paulo com fontes das alas política e econômica do governo.

O anúncio do Renda Brasil, programa social que substituirá o Bolsa Família, ficará para um segundo momento, para que o ministro da Economia, Paulo Guedes, tenha mais tempo para encontrar espaço para acomodar o novo gasto dentro do teto, que limita o avanço das despesas à inflação.

O presidente quer um plano que não inclua a revisão ou a extinção de outros benefícios, como o abono salarial, uma espécie de 14º salário pago a trabalhadores com carteira assinada com salário até R$ 2.090. Ele custa cerca de R$ 20 bilhões ao ano governo e é considerado ineficiente pela equipe econômica, mas a proposta foi rejeitada pelo presidente em reunião na terça-feira (25). No dia seguinte, em viagem a Minas Gerais, Bolsonaro avisou que não vai "tirar de pobres para dar a paupérrimos".

Na primeira referência pública de Guedes às críticas do presidente, o ministro, que chegou a ser alvo de rumores de que pediria demissão, disse que tomou um "carrinho" de Bolsonaro nesta semana. "Ainda bem que foi fora da área, senão era pênalti", brincou Guedes em uma live organizada pelo setor do aço. Nessa sexta-feira (28), Bolsonaro e o ministro se encontraram fora da agenda oficial dos dois.

Pouso suave

Enquanto não aponta a fonte do novo programa, a ideia do governo é que a extensão do auxílio seja uma transição para um "pouso suave" no novo Renda Brasil. Os técnicos da área econômica continuam debruçados sobre as alternativas para liberar espaço no Orçamento para o Renda Brasil e não desistiram de tentar convencer o presidente a propor alguma mudança no alcance do abono salarial atual. A ideia é tentar emplacar a mesma alteração proposta na reforma da Previdência, que restringia o abono a quem ganha até um salário mínimo (R$ 1.045), medida rejeitada pelo Congresso.

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