A deputada federal Flordelis (PSD) e o ex-marido assassinado, pastor Anderson do Carmo, mantinham relações sexuais com filhos e filhas, contou uma testemunha. A pessoa morou na casa da família durante um tempo e preferiu não se identificar, por medo de represália.
De acordo com a testemunha, as práticas sexuais envolviam vários moradores da casa. “Durante o convívio, era perceptível que eles mantinham relações sexuais entre irmãos, entre pai e filha, entre mãe e filhos. Isso era nítido, notório, e inclusive contado pelos próprios”, afirmou ao RJ2.
A testemunha contou ainda que Flordelis mantinha 50 crianças adotadas como uma forma de “marketing pessoal” e como “fonte de renda”. Todo o dinheiro arrecadado pelo ministério da deputada, segundo a testemunha, era usado para sustentar “seus luxos.”
Além disso, a testemunha disse que havia diferença de tratamento entro os filhos. Um núcleo mais privilegiado ganhava melhores comidas e tinha mais direitos, enquanto outros “sempre era uma comida um pouco... De menor valor.”
Esse pequeno núcleo privilegiado tinha ainda uma forma própria de se comunicar, para evitar que pessoas de fora percebessem o que estava sendo dito. Para isso eles usavam a linguagem do P, muito conhecida entre crianças e adolescentes dos anos 1970 e 80.
"Existia uma comunicação interna entre eles, onde eles não queriam que uma outra pessoa soubesse. Eles falavam a língua do P, mas de uma maneira bem acelerada, que era bem impossível uma pessoa sem prática reconhecer ou identificar", detalhou a testemunha.
Flordelis é investigada por suspeita de envolvimento na morte do marido, o pastor Anderson do Carmo de Souza. O pastor Anderson do Carmo foi assassinado dentro da própria casa no bairro Badu, em Niterói, no dia 16 de junho do ano passado. Cinco dos filhos do casal, além de uma neta, foram presos no último dia 24, em operação coordenada pelo MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) e pela Polícia Civil. Por ter imunidade parlamentar, a deputada não pode ser presa.