A incerteza sobre o retorno das aulas presenciais agrava a crise das papelarias de Belo Horizonte. O setor, atingido pela pandemia do novo coronavírus, praticamente não tem expectativa para vendas de material escolar. 99% dos donos de papelarias são pequenos empresários, o que piora a situação.
O vice-presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), Marco Antônio Gaspar, o cenário ficou ainda mais incerto após o Conselho Nacional da Educação (CNE) autorizar o ensino remoto até 31 de dezembro de 2021. A resolução é direcionada para todas as etapas da educação – da básica ao ensino superior – nas redes de todo o Brasil.
“Realmente a expectativa das papelarias para a venda de material escolar na volta às aulas é baixa. Diria até que nós não estamos criando expectativas”, disse Gaspar.
“O material escolar que foi entregue dentro das escolas infantis, por exemplo, não foi utilizado. Então, provavelmente, se as escolas infantis voltarem no ano que vem elas devem pedir pouca coisa para complementar. Os outros anos mais avançados, talvez, vão precisar de materiais: cadernos, canetas, novos livros, porque as crianças tiveram aulas online e evoluíram. Mas, com certeza, não é a mesma quantidade de material que consumiriam se estivessem em aulas presenciais”, disse.
Não há data para a volta das aulas presenciais em Belo Horizonte. A prefeitura tem indicado que a retomada só deve acontecer quando a vacina chegar.