MOTORISTA SEM BRAÇO E PERNA É PRESO AO ATROPELAR MULHER E BATER EM TRÊS VEÍCULOS EM BH
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Publicado em 14/10/2020

Um homem, de 34 anos, atropelou uma mulher, bateu em um carro, em um ônibus e em uma moto na Praça Sete, no Centro de Belo Horizonte, nesta terça-feira (13). O suspeito do crime não possui o braço esquerdo e a perna esquerda, que ele perdeu um acidente de ônibus em 2017.

Segundo informações da Polícia Militar (PM), o homem dirigia sentido avenida Amazonas, pelo Centro, quando bateu no primeiro veículo. A partir daí, ele fugiu com o carro e só conseguiu ser interceptado pelos policiais na avenida dos Andradas, próximo ao Parque Municipal. Com o suspeito, foi encontrado uma bucha de maconha. A vítima desse acidente sofreu ferimentos leves. 

O tenente Lobato, do Batalhão de Trânsito da Polícia Militar, explica o caso. “O condutor é inabilitado e não possui o membro superior esquerdo e o membro inferior esquerdo. Ele não tinha nenhuma condição de estar conduzindo o veículo e ainda sim o fez. Ele se envolveu em um acidente, se recusou a prestar socorro, tentou invadir e só posteriormente que foi preso pela Polícia Militar”, esclareceu. 

Passagens

O militar explica que o condutor já tinha se envolvido em um acidente em 2017. “Ele falou que perdeu os membros inferior e superior em um acidente ocorrido em 2017. Em consulta ao sistema policial, foram constatadas diversas passagens criminais por furto, roubo e direção sem habilitação”, revelou o militar. 

Sobre o entorpecente encontrado com o suspeito, o homem teria confessado ter feito uso dele antes de começar a dirigir. “Ele afirmou ter feito uso minutos antes de assumir a direção do veículo”, explicou o policial.

Veículo adaptado

A pessoa que não possui um membro do corpo pode assumir a direção de um veículo, desde que ele tenha feito a auto-escola, tenha tirado a carteira e use um carro adaptado. 

“A pessoa pode conduzir um carro, mas o processo para a retirada da habilitação vai ser diferenciado. A deficiência do motorista vai estar contatada na CNH. Além disso, o carro tem que ser adaptado para a deficiência apresentada. Neste caso, o motorista não tinha CNH e o carro não era adaptado”, explica o tenente Lobato.

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