A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta quarta-feira (18) a Operação Cosme, que apura a atuação de advogados que teriam intercedido junto a magistrados em Minas para influenciar na solução e no andamento de processos judiciais, mediante pagamento de propina.
São cumpridos pela PF dez mandados de busca e apreensão expedidos pelo ministro Jorge Mussi, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), sendo seis em Belo Horizonte, um na cidade de Ipanema, um na cidade de Engenheiro Caldas e dois no estado de São Paulo. Foi autorizada, ainda, a quebra de sigilos fiscal e bancário de vários investigados.
Trata-se de um desdobramento da Operação Capitu, deflagrada pela Polícia Federal em 9 de novembro de 2018, que apurou a doação irregular de dinheiro para políticos e partidos, além de um esquema de arrecadação de propina no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
A propina era paga por um grupo empresarial que se beneficiava de normas editadas pelo ministério e que facilitavam e viabilizavam seus negócios comerciais, conferindo-lhes vantagens frente a outros concorrentes.