Minas já registrou neste ano 56.720 casos e 12 mortes de dengue, segundo a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG). Outros 57 óbitos estão em investigação. O período chuvoso, que já começou, serve como alerta para possíveis aumentos de diagnósticos, já que o foco do mosquito aedes aegypti, transmissor da doença (assim como da zika e da chikungunya), aparece na água parada.
A diretoria de Vigilância de Agravos Transmissíveis da SES-MG, Janaína Almeida, chama a atenção para o fato de que os hospitais já estão sobrecarregados com pacientes com covid-19, e ter um salto na transmissão de dengue pioraria a situação.
“A única forma de não ter casos de dengue, zika e chikungunya e isso repercutir de forma muito negativa no sistema de saúde, que já está totalmente fragilizado pelo novo coronavírus, é eliminando os focos do mosquito”, afirma.
As orientações são a que todos já conhecem, mas que muitos insistem em não praticar. “As pessoas precisam se atentar aos focos de água parada. É preciso verificar locais mais difíceis, como calhas, vasos de planta e pneus em locais abandonados, para evitar a proliferação do mosquito. Pós-período chuvoso, principalmente nesses últimos dias, observamos um aumento considerável no número de casos”, relata.