A empresa de ônibus envolvida no acidente que deixou 41 mortos e, pelo menos, 11 feridos no interior de São Paulo era clandestina. O veículo se chocou com um caminhão, conduzido por um jovem sem carteira para dirigir veículos grandes. A polícia investiga o que causou a tragédia.
Segundo a Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp), a empresa de ônibus não tem registro junto ao órgão nem à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). O veículo tinha 11 multas e estava com IPVA, licenciamento e DPVAT atrasados.
Em entrevista ao portal G1, a companheira do motorista do caminhão, Geison Gonçalves Machado, de 22 anos, disse que o marido só tinha habilitação provisória para dirigir carros, ou seja, não poderia conduzir um caminhão. Ele morreu na batida.
O motorista do ônibus, de 55 anos, sobreviveu à batida com quadro de traumatismo craniano. De acordo com ele, havia outro ônibus à frente que reduziu bruscamente a velocidade. Ele, então, teria sido obrigado a frear também. Teria havido uma falha no freio com a batida no caminhão em seguida.
O ônibus estava na pista na contramão no momento da batida. Segundo os períodos que investigam, no trecho a ultrapassagem é proibida, mas a estrada é considerada tranquila apesar de grande movimentação de caminhões.
O ônibus foi fretado pelos próprios funcionários de uma empresa de jeans para o transporte diário entre a cidade de Itaí e Itaquarituba até Taguaí, onde fica a empresa têxtil, situação comum na região polo de fabricação de roupas em São Paulo.
A polícia investiga a documentação da empresa e do veículo que estaria irregular e também do caminhão que transportava fertilizantes e foi parar a mais de 40 metros da estrada. Uma força-tarefa trabalha para identificação das vítimas e apoio aos parentes.
Nesta quinta-feira (26), serão organizados velórios coletivos nas cidades dos feridos em hospitais da região. Pelo menos três têm condição grave.