O padre Robson de Oliveira e outras 17 pessoas viraram réus no processo que apura a denúncia de organização criminosa, apropriação indébita, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro ofertado por fiéis à Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe). A decisão foi tomada nesta quinta-feira (10) pela juíza Placidina Pires.
A denúncia foi aceita após a magistrada entender que “existem elementos probatórios acerca da materialidade delitiva e indícios suficientes de autoria". O religioso é suspeito de comandar um grupo que teria desviado R$ 130 milhões da Igreja Católica.
Entenda
A investigação teve início após um hacker começar a extorquir e ameaçar expor supostos casos amorosos do padre Robson.
A situação evoluiu para uma denúncia, que resultou em uma investigação para apurar o caso. Durante os levantamentos da polícia, foi identificado desvios de donativos que seria usados para a construção de uma nova basílica, que ainda está em fase inicial de obras, em Trindade. O valor desviado teria sido usado para a compra de fazendas e casa de praia.
A investigação aponta o padre como suspeito de comandar uma suposta organização criminosa, que transferia grandes valores da igreja para algumas empresas particulares.
Outro lado
A defesa do religioso alega que nada mudou após o início do processo criminal. "Continuamos tranquilos. Nunca houve ilegalidade", garante o advogado Pedro Paulo de Medeiros, que representa o padre.
As defesas dos outros 17 acusados não foram localizadas pela reportagem.