Covid-19: Imunizados têm proteção de cinco meses, mas podem transmitir coronavírus, conclui estudo Agência de saúde britânica acompanhou profissionais de saúde; para cientistas, descoberta reforça importância de medidas de prevenção para quem já contraiu a doença. Paramédicos retiram paciente de ambulância no Hospital Real de Londres, na capital britânica, nesta quinta-feira (14); estudo da Public Health England monitorou milhares de profissionais de saúde ao longo de 2020. A maioria dos profissionais de saúde que contraíram a Covid-19 estão protegidos contra uma nova infecção por um período de pelo menos cinco meses. A conclusão é de um estudo da agência de saúde pública britânica Public Health England. O trabalho alerta, no entanto, que há evidências de que pessoas imunizadas podem ser portadores do vírus e contribuir para sua disseminação. De acordo com pesquisadores da agência, 44 pessoas teriam sido reinfectadas com o novo coronavírus de 6.614 trabalhadores do setor de saúde que apresentaram anticorpos no decorrer de um período de cinco meses entre junho e novembro de 2020. Isso representa uma proteção de 83% em relação aos trabalhadores que não foram expostos ao Sars-CoV-2, conclui o estudo publicado nesta quinta-feira, que ainda não foi revisado por pesquisadores independentes. Por outro lado, os pesquisadores britânicos alertam que, embora os anticorpos pareçam evitar o adoecimento pela Covid-19 novamente, os dados preliminares do estudo sugerem que alguns participantes carregam quantidades significativas do vírus e podem transmiti-lo para outras pessoas. Esse cenário reforça a necessidade de respeitar o isolamento social e medidas de higiene pessoal, além do uso de máscaras.
Ainda segundo Hopkins, é improvável que casos de reinfecção levem a casos severos: — A descoberta significa que, se você acredita que já contraiu a doença e está protegido, pode ter a segurança de que é altamente improvável o desenvolvimento de infecções severas (em caso de reinfecção). Mas ainda há o risco de contrair o vírus e transmití-lo para os outros. O trabalho, no entanto, reforça que quem contraiu a Covid-19 na primeira onda da doença, no início de 2020, em boa parte do mundo está novamente vulnerável ao coronavírus.