Um soldado da Polícia Militar (PM) de São Paulo acusa um sargento e outros policiais militares da corporação de difamação e homofobia por fazerem insinuações sobre sua sexualidade ao colocarem um emoji de berinjela numa foto em que ele aparece segurando o filho com a esposa. A figura do legume sobreposta ao rosto da criança foi usada com conotação sexual, seguida ainda de ofensas homofóbicas em grupos de PMs no WhatsApp. A vítima postou um vídeo nas redes sociais para reclamar e denunciar os colegas.
Nesta quinta-feira (27) a corporação informou que “não compactua com nenhum tipo de discriminação” e que apura a denúncia. A vítima também registrou boletim de ocorrência eletrônico para denunciar os crimes.
Segundo Guilherme Ferreira Vicente, do 13º Batalhão da PM, da Companhia Tática Nova Luz, na capital paulista, colegas, inclusive alguns que atuam no mesmo local, copiaram sem autorização de seu Instagram uma foto na qual ele aparece segurando o filho recém-nascido. Depois, fizeram uma montagem sobre ela, a respostando em diversos grupos de policiais militares com um emoji de berinjela com óculos escuros no lugar do menino.
De acordo com o soldado, a intenção de quem fez isso foi a de insinuar que o legume simbolizada um pênis e que ele é gay por isso. Por tabela, o soldado afirmou que teve conhecimento de os xingamentos homofóbicos contra ele também atingiram a comunidade LGBTI+, a ofendendo.
Guilherme, que é casado com uma mulher e se apresenta como heterossexual, soube da postagem depois que ela passou a ser compartilhada pelos policiais e virar meme. A reportagem não conseguiu localizar o sargento ou os demais PMs para comentarem o assunto até a última atualização desta reportagem.