APÓS 09 MESES CHEGA AO FIM JULGAMENTO DE 20 ACUSADOS POR 130 MORTOS EM ATENTADO NA FRANÇA
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Publicado em 27/06/2022

O julgamento dos atentados terroristas que mataram 130 pessoas em novembro de 2015 em Paris e Saint-Denis, na França, terminou nesta segunda-feira, após nove meses de processo. O veredicto deve ser anunciado na tarde de quarta-feira. Um dos principais acusados pelas mortes no Stade de France, em bares da capital e na casa de espetáculos Bataclan, é o francês de origem marroquina Salah Abdeslam, de 32 anos, que pediu desculpas pelo crime no tribunal. O Ministério Público francês pede prisão perpétua para ele.

Cometi erros, é verdade, mas não sou um assassino e se for condenado por assassinatos, vocês cometeriam uma injustiça, disse o réu, que também pediu novamente desculpas aos sobreviventes e parentes das vítimas, Alguns dirão que não são sinceras, que é uma estratégia (...) como se as desculpas pudessem não ser sinceras diante de tanto sofrimento.

Abdeslam é o único suspeito de executar o ataque ainda vivo — os outros se explodiram ou foram mortos pela polícia. Ele diz que realizou os ataques para forçar o fim das incursões militares da França no Iraque e na Síria. Na sexta-feira, durante as alegações finais, os advogados dele afirmaram que a prisão perpétua seria "uma pena de morte social" e uma sentença "excessiva". Eles destacaram que Abdeslam desistiu de explodir uma bomba presa ao seu corpo na noite de terror. Os investigadores apontam, porém, que o colete explosivo não funcionou e ele fugiu da capital francesa horas após o ataque.

As penas solicitadas contra os 20 acusados vão de cinco anos de prisão até prisão perpétua sem liberdade condicional. Os outros réus no caso também insistiram em "arrependimentos" e "pedidos de desculpas" perante os juízes. Alguns expressaram "condolências" às vítimas e agradeceram a seus advogados. Muitos afirmaram "confiar na Justiça".

Os atentados de 2015 aconteceram em um contexto de ataques na Europa, enquanto uma coalizão internacional lutava contra o grupo Estado Islâmico (EI) na Síria e no Iraque. Milhares de sírios chegavam ao continente europeu para fugir da guerra em seu país.

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