HOMEM MATA SOGORO E AVISA A NAMORADA ' LIGOU PARA DIZER QUE MATOU O MEU PAI '
Principais notícias do Dia
Publicado em 28/06/2022

A jovem Kênnia Yanca, de 26 anos, filha de João do Rosário Leão, de 63, que morreu após ser baleado em uma farmácia onde era dono em Goiânia, disse que o namorado atirou no pai duas horas após saber que ele tinha o denunciado na polícia por ameaça. Ela diz que Felipe Gabriel Jardim ainda ligou e falou que tinha matado o pai dela, que era policial civil aposentado, e que iria matá-la.

"Ele me ligou cedo quando ele soube [da ocorrência] e falou que ia matar o meu pai. Eu fui correndo atrás do meu pai, mas ele não atendia. Eu peguei o carro e fui para lá, só que o pneu furou e eu não consegui. Quando eu desci para pedir ajuda, ele ligou para dizer que matou meu pai e ia atrás de mim", disse.

Até a última atualização desta reportagem, não havia obtido contato com a defesa do suspeito para que se posicione.

O crime aconteceu na manhã desta segunda-feira (27), na Avenida T-4, no Setor Bueno. Uma câmera de dentro da farmácia registrou quando o atirador chegou ao local apontando a arma para a vítima. Após ele atirar, o idoso cai ao chão e o homem ainda pula no balcão para ver se ele tinha sido atingido e continua atirando.

Após ser baleado, João foi levado ao Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), mas não resistiu aos ferimentos. O hospital informou que a vítima foi baleada na cabeça e chegou ao local em estado grave. O óbito foi confirmado às 13h03.

Segundo a família, João era um policial civil aposentado há cinco anos e, há três anos, tinha aberto a farmácia em sociedade com o outro genro. No local, trabalhavam também as duas filhas gêmeas dele: Kênnia Bianka, de 27 anos, que é contadora e está grávida, e Kênia Yanka, de 26, namorada do suspeito do crime.

Crime

Kênia Bianka estava na farmácia junto com o pai na hora que ele foi morto. Ela diz que implorou para que o suspeito não fizesse nenhum mal a eles, mas o cunhado já chegou ao local gritando. No vídeo da câmera de segurança é possível ver que João estava mexendo no celular, atrás do balcão, quando foi baleado.

“Você acabou com a minha vida, você acabou minha vida. Eu pedi: 'pelo amor de Deus não faz isso, eu estou grávida’. Meu pai caiu no meu pé e ele veio por trás do balcão e deu mais um tiro”, disse Kênia Bianka.

Após o crime, várias viaturas da polícia foram deslocadas para a avenida T-4, no Setor Bueno. Como tem um hospital perto do local, policiais e enfermeiros carregaram a maca com João no meio da rua. Dois policiais foram na frente parando os carros e o grupo correu para levar a vítima rápido até o pronto-socorro.

Depois de um primeiro atendimento, João foi levado pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para o Hospital de Urgências de Goiânia, onde a morte foi confirmada. A família estava o tempo todo escoltada por policiais.

 

Comentários