Restando pouco mais de um mês para o início oficial da campanha, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL), que aparecem na dianteira das pesquisas, planejam intensificar agendas em contato com o público nas ruas. A estratégia ocorre em meio à guerra de narrativas entre as duas pré-campanhas, nas redes sociais, por demonstrações de apelo popular. Outros pré-candidatos como Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB) também buscam ganhar fôlego em atos de rua.
No caso de Lula, uma das primeiras atividades com amplo acesso ao público ocorreu no sábado, em caminhada por Salvador. O petista se juntou ao cortejo que parte do Largo da Prainha, na celebração da Independência da Bahia, e apareceu cercado e abordado por dezenas de pessoas em imagens aéreas do evento. Ciro e Tebet também integraram o cortejo, em outro ponto.
Bolsonaro, por sua vez, participou de motociata com apoiadores na capital baiana no mesmo dia e seguiu à tarde para o Rio, onde discursou em um evento evangélico na Praça Apoteose. Imagens e vídeos divulgados por apoiadores também buscaram sinalizar adesões significativas do público nessas agendas.
A cada ato de rua de um ou de outro, apoiadores correm para postar nas redes sociais imagens que mostram o adversário com público reduzido, e ângulos que favorecem o evento do seu candidato. Uma estratégia recorrente é usar imagens feitas no começo da concentração dos eventos para mostrar locais vazios.