A Polícia Civil de São Paulo continua, nesta segunda-feira (28), a busca pelos palmeirenses que mataram um torcedor do Cruzeiro e feriram outros dezessete, sendo doze com gravidade, em Mairiporã (SP), neste domingo (27).
Eles poderão responder pelos crimes de homicídio, incêndio, associação criminosa e lesão corporal. O Ministério Público informou que vai acompanhar as investigações.
O caso ocorreu na Rodovia Fernão Dias, no km 65, sentido Belo Horizonte.
Ele estava dentro de um ônibus que foi incendiado e acabou sofrendo queimaduras graves. Outro coletivo cruzeirense teve os vidros quebrados.
Em nota enviada à Itatiaia, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou que a perícia esteve no local e apreendeu rojões, fogos de artifício e barras de ferro e madeiras.
Outros três seguiram para outro hospital em Franco da Rocha (SP), município vizinho.
A Delegacia de Mairiporã investiga qual foi a motivação para o ataque. Uma das hipóteses é se os palmeirenses quiseram se vingar dos cruzeirenses por causa de uma briga ocorrida em setembro de 2022. À época, as torcidas Máfia Azul e Mancha Alviverde deixaram quatro pessoas baleadas e outras dez feridas em uma rodovia em Carmópolis de Minas, no Centro-Oeste mineiro.
O que disseram os clubes
Em nota divulgada no X, antigo Twitter, o Cruzeiro lamentou a morte e os ferimentos em seus torcedores. “O Cruzeiro lamenta profundamente mais um episódio de violência entre torcedores, desta vez durante a madrugada, na rodovia Fernão Dias, que culminou com a morte de um cruzeirense e vários feridos. Não há mais espaço para violência no futebol, um esporte que une paixões e multidões. Precisamos dar um basta a esses atos criminosos”.
Já o Palmeiras, também por meio de nota, informou que não tolera ações violentas de seus torcedores. “A Sociedade Esportiva Palmeiras repudia as cenas de violência protagonizadas na Rodovia Fernão Dias, na manhã deste domingo. O futebol não pode servir como pano de fundo para brigas e mortes. Que os fatos sejam devidamente apurados pelas autoridades competentes e os criminosos, punidos com rigor”.