O ministro das Comunicações, Juscelino Filho, afirmou nesta terça-feira (8) que pediu demissão do cargo em respeito ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao povo, e prometeu se concentrar em sua defesa.
A decisão foi tomada pelo ministro horas depois de ter sido denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por corrupção passiva e outros crimes.
Juscelino classificou as acusações da PGR como “infundadas” e disse confiar no Supremo Tribunal Federal (STF), que será responsável por julgar o caso.
“A decisão de sair agora também é um gesto de respeito ao governo e ao povo brasileiro. Preciso me dedicar à minha defesa, com serenidade e firmeza, porque sei que a verdade há de prevalecer. As acusações que me atingem são infundadas, e confio plenamente nas instituições do nosso país, especialmente no Supremo Tribunal Federal, para que isso fique claro. A justiça virá!”, afirmou ele, em um comunicado.
Juscelino Filho é acusado pela PGR de participar de um suposto esquema de desvios de emendas parlamentares por meio da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf). Ele nega as acusações.
“Saio por acreditar que, neste momento, o mais importante é proteger o projeto de país que ajudamos a construir e em que sigo acreditando”, afirmou ele.
Juscelino Filho agradeceu, na carta, o apoio “incondicional” que recebeu do presidente Lula.
“Um líder a quem admiro profundamente e que sempre me garantiu liberdade e respaldo para trabalhar com autonomia e coragem. Nunca tive apego ao cargo, mas sempre tive paixão pela possibilidade de transformar a vida das pessoas — especialmente das que mais precisam”, enfatizou ele.
Juscelino Filho retomará o mandato de deputado federal pelo União Brasil do Maranhão.
Ele disse que deixa o governo com o sentimento de dever cumprido.
“Retomarei meu mandato de deputado federal pelo Maranhão, de onde seguirei lutando pelo Brasil. Com o mesmo compromisso, a mesma energia e ainda mais fé. Saio do Ministério com a cabeça erguida e o sentimento de dever cumprido”, completou Juscelino.