Um médico de cuidados paliativos, de 40 anos, foi indiciado nesta quarta-feira (16) suspeito de assassinar ao menos 15 pacientes em Berlim, na Alemanha. O Ministério Público do país afirma que ele teria administrado uma combinação letal de medicamentos nas vítimas sem o consentimento delas. O homem chegou, em até cinco ocasiões, a incendiar o apartamento de algumas vítimas para cobrir os vestígios dos crimes, de acordo com a acusação.
Em comunicado, o Ministério Público de Berlim afirma que o médico administrava um “analgésico e um relaxante muscular em seus pacientes sem seu conhecimento ou consentimento”. O relaxante muscular teria “paralisado os músculos respiratórios, levando a uma parada respiratória e à morte em minutos”, acrescenta a nota.
As vítimas são 12 mulheres e três homens, supostamente assassinados entre setembro de 2021 e julho de 2024. As vítimas tinham idades entre 25 e 94 anos.
Em uma ocasião, o suspeito matou dois pacientes no mesmo dia. Na manhã de 8 de julho de 2024, ele supostamente matou um homem de 75 anos em sua casa no distrito de Kreuzberg, no centro da capital alemã. “Algumas horas depois” teria feito o mesmo com uma mulher de 76 anos no bairro vizinho de Neukoelln.
Contudo, a tentativa de incendiar a segunda casa não funcionou, explicou o MP. “Quando percebeu isso, ele informou um parente da mulher, alegando que estava diante do apartamento e ninguém atendia ao interfone”.
Um mês depois, em agosto, o suspeito foi detido e está sob custódia desde então. Inicialmente, ele foi acusado de quatro assassinatos, mas o número de supostos crimes aumentou com o avanço das investigações.
O MP exige que ele seja proibido de exercer a profissão e pede a “prisão preventiva” para evitar novos crimes antes de um eventual julgamento.
Com (AFP)