A Polícia Científica do Estado de Alagoas realizou nesta quarta-feira (16) a perícia na casa onde o corpo de Ana Beatriz foi encontrado, no município de Novo Lino. A mãe da bebê, Eduarda Silva de Oliveira, de 22 anos, teve prisão preventiva determinada pela Justiça.
Foram horas intensas de trabalho dentro da residência, em uma busca minuciosa por vestígios que pudessem ajudar a reconstituir a dinâmica da morte da recém-nascida, de apenas 15 dias.
O trabalho da Polícia Científica iniciado na casa da mãe da bebê, continua agora com outros exames periciais, que serão realizados no Instituto de Criminalística e no Instituto Médico Legal (IML) de Maceió.
Os peritos criminais José Veras e João Gardino, o auxiliar de perícia Daniel Santos e o chefe de fotografia e desenho Ulisses Costa dedicaram-se a examinar cuidadosamente todos os ambientes da residência. Todo o local foi meticulosamente registrado em fotografias, seguindo os protocolos mais rigorosos da ciência forense.
O armário onde estava o saco com o corpo da bebê passou por uma “análise criteriosa”. A geladeira e outros cômodos do imóvel, também foram periciados. Segundo os peritos, o trabalho buscou indícios que pudessem revelar não apenas a causa da morte, mas, também, os possíveis envolvidos e as circunstâncias do crime.
“Coletamos alguns vestígios, amostras de material biológico no quarto, na cozinha, e na área da lavanderia onde estava o armário com o corpo escondido. Realizamos testes em algumas manchas para verificação da presença de sangue humano, que deu negativo. Também foram coletadas amostras de material genético do pai e da mãe. Todo esse material será encaminhado para exames complementares no Laboratório Forense do ICM”, explicaram os peritos Veras e Gardino.
Liberação do corpo
A Chefia Especial do Instituto Médico Legal Estácio de Lima confirmou que o exame de necropsia já foi concluído na manhã desta quarta-feira (16). Ainda de acordo com a direção do órgão, a família já se encontra no IML fazendo os procedimentos legais para a liberação e sepultamento do corpo da recém-nascida.
“Em respeito aos familiares e à memória da vítima, e em consonância com o artigo 20 do Código de Processo Penal, que assegura ao inquérito o sigilo necessário à elucidação do fato, a Chefia Especial do IML de Maceió esclarece que não irá se pronunciar sobre o caso. A decisão segue também resoluções dos Conselhos Federal e Regional de Medicina sobre sigilo médico”, informou o IML.