A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) emitiu orientações para a população sobre como e onde buscar atendimento médico diante do grande aumento nos casos de doenças respiratórias na cidade. O decreto municipal, motivado pela alta demanda nas unidades de saúde, visa evitar a superlotação em UPAs e hospitais.
André Luiz de Menezes, subsecretário de Atenção à Saúde de Belo Horizonte, enfatiza a importância dos centros de saúde como primeira opção de atendimento: ''Belo Horizonte tem uma rede de saúde muito capilarizada, com 153 centros de saúde próximos às residências. Estes devem ser a primeira escolha para as demandas de saúde, especialmente para casos mais leves’’.
Menezes esclarece que as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e hospitais devem ser procurados em casos mais graves ou fora do horário de funcionamento dos centros de saúde. ''Quando a situação de gravidade acontece, por exemplo, no período noturno ou fim de semana, onde não temos o centro de saúde aberto, as UPAs e hospitais são a opção’’, explica.
Para lidar com o aumento da demanda, a PBH abriu 30 novos leitos de enfermaria pediátrica, sendo 20 no Hospital Metropolitano Odilon Behrens e 10 no Hospital da Baleia. Além disso, a prefeitura implementou um serviço de teleconsulta para crianças, acessível através do site oficial.
Vacinação infantil como prioridade
O subsecretário alerta para a baixa adesão à vacinação infantil: ''Nossa meta é de 90% para essa população. Atualmente, estamos abaixo dos 20% em Belo Horizonte, apesar de termos iniciado a vacinação antes do prazo proposto’’. Ele reforça o apelo para que pais levem seus filhos para se vacinar nos centros de saúde.
Menezes explica por que as crianças são mais vulneráveis: ''Elas têm um sistema respiratório ainda imaturo, com respostas menores que as de um adulto. No outono, período de maior circulação viral, as crianças ficam mais expostas, especialmente em ambientes escolares fechados, que favorecem a propagação de vírus’’.