SEM APONTAR CULPADOS POLÍCIA DE SÃO PAULO CONCLUI CASO DE MENINO MORTO NO HABIB´S
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Publicado em 10/03/2019

A Polícia Civil concluiu o caso do menino morto há dois anos em frente ao Habib's na Zona Norte de São Paulo sem apontar culpados. Mas, a pedido do Ministério Público (MP), a Justiça determinou que a delegacia responsável pela investigação produza novas provas.

Os dois órgãos ainda têm dúvidas sobre as prováveis causas e eventuais responsabilidades pela morte de João Victor Souza de Carvalho. O garoto tinha 13 anos de idade quando morreu em 26 de fevereiro de 2017.

Nesta semana a reportagem teve acesso ao relatório final do inquérito policial concluído em 22 de novembro do ano passado e encaminhado à Justiça.

A reportagem também obteve documento que cobra as demais diligências policiais para esclarecer o caso do menino morto após pedir esmolas a clientes do Habib's da Avenida Itaberaba, na Vila Nova Cachoerinha.

Dois funcionários da lanchonete, por exemplo, um gerente e um supervisor, suspeitos de agredir o adolescente após uma confusão não foram responsabilizados pela polícia pela morte de João Victor.

Em duas páginas do relatório o delegado Nicola Romanini, do 28º Distrito Policial (DP), Freguesia do Ó, informa que laudos da Polícia Técnico-Científica concluíram, na verdade, que a causa da morte do menino foi infarto em decorrência do uso contínuo de droga. Não há menção de que agressões também colaboraram para a morte de João Victor.

Mas como no mesmo relatório há informação de que duas testemunhas, uma vendedora de balas e o motorista de um ônibus, disseram ter visto o gerente e o supervisor do Habib's darem socos na nuca do adolescente, o Ministério Público pediu mais dados à polícia para saber se essas agressões relatadas pelas testemunhas contribuíram para matar o menino.

Somente após as novas diligências é que a Promotoria e a Justiça, respectivamente, opinarão e decidirão se o inquérito será arquivado ou se responsabilizarão os empregados da rede de fast food pela morte.

A reportagem pediu entrevista com o delegado à assessoria de imprensa da Secretaria da Segurança Pública (SSP), mas a pasta só confirmou a conclusão do inquérito.

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