Moradores de Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, fizeram um protesto nesta terça-feira (2) cobrando atitudes da Vale em relação à assistência aos atingidos pelo rompimento da Barragem I, da Mina Córrego do Feijão.
De acordo com os manifestantes, os pagamentos aos atingidos estariam atrasados. “A demora está maior agora. Então tem família que está precisando desse emergencial que vem aqui no PA da Vale, e eles falam que está tudo ok. Mas tem 10 dias que está tudo ok. E o pagamento não cai”, denunciou a comerciante Flávia da Silva.
O protesto foi em frente ao posto de atendimento da Vale. Os manifestantes queimaram pneus e prometeram sair só depois que os pedidos forem atendidos. Outra reclamação é que eles querem a saída do responsável pelas negociações.
“A gente não quer ele, por que ele é irresponsável. A gente quer uma pessoa que é responsável, que vai ouvir nós aqui”, disse o morador Elso do Santos.
A Vale não respondeu sobre a reclamação de atraso nos repasses.
Dengue
Os moradores também reclamam do descaso da Vale em relação aos imóveis que foram atingidos pela lama. É o caso de um sítio que tem piscina que os moradores não frequentam mais o local. A água fica empossada, parada. O que pode ser um risco por atrair o mosquito da dengue.
Os moradores da região denunciam que tem piscina cheia e com água acumulada. Muitas casas foram abandonadas com recipientes com água acumulada. Um outdoor da Prefeitura alerta população.
Antônio Carlos Martins ficou internado sete dias com dengue. Recebeu alta no último domingo. Ele acredita que foi picado pelo mosquito em Brumadinho.
Segundo a Prefeitura, as piscinas estão sendo tratadas com apoio da Defesa Civil que coloca produtos para matar as larvas do mosquito.