O avô da arquiteta Isabella Hurtado, 26 anos, de Fernandópolis (SP), encontrada amarrada e com marcas de agressão seis dias depois de ser sequestrada por assaltantes no México, afirmou durante entrevista à TV TEM que a neta estava debilitada.
“Depois de saber do desaparecimento, nós nos preocupamos com o sofrimento dela. O alívio veio nesta terça-feira (2), quando cheguei em casa e me disseram que ela tinha sido encontrada. Ela estava bem debilitada”, diz Manoel Franco.
Segundo informações da imprensa mexicana, Isabella desapareceu no dia 27 de março, em Tepic. Ela teria sido rendida por ladrões, que a levaram para uma pequena construção em uma área deserta. No local, a vítima foi amarrada, espancada, teve o dinheiro roubado e ainda teria sido questionada sobre sua fonte de renda.
Ainda de acordo com jornais mexicanos, uma ligação anônima levou os policiais ao local onde a vítima estava em cativeiro. Isabella foi encontrada nesta terça-feira (2) a 120 quilômetros da cidade onde mora e levada para um hospital, onde permanece internada. Seu estado de saúde é estável, segundo familiares.
“Nós ficamos sabendo que ela tinha sido achada através de uma informação que minha filha recebeu. Uma pessoa ligou para ela e informou sobre o desaparecimento. Essa violência assusta porque ela é crescente”, afirma o avô.
A família conta que Isabella nasceu em Fernandópolis, mas se mudou para o México, onde mora há quase 10 anos. Ela cursou arquitetura no país, se casou e teve um filho, atualmente com 7 anos.
“É muito difícil conviver com a distância. Meu desejo de avô é que ela estivesse próxima de nós para conseguirmos apoiá-la”, diz Manoel.
O que diz o Itamaraty
A reportagem procurou o Itamaraty, que confirmou ter conhecimento do caso e que vem prestando assistência possível para a família por intermédio do Consulado-Geral do Brasil no México.
A nota diz ainda que tem o auxílio policial junto à Embaixada do Brasil naquele país. O Itamaraty informa que o Consulado-Geral do Brasil no México também se encontra em permanente diálogo com as autoridades mexicanas federais e da localidade onde os fatos ocorreram, procurando levantar informações e apoiando a família nos contatos com essas mesmas autoridades.