GOVERNADOR WITZEL DEFINE AÇÃO QUE MATOU MÚSICO COMO ERRO GROSSEIRO
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Publicado em 11/04/2019

O governador do Estado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, definiu como um "erro grosseiro" a ação que levou à morte do músico Evaldo dos Santos e afirmou que esperava a manifestação da Justiça Militar, que decretou a prisão de nove homens.

Evaldo foi morto após ter o carro onde estava com a família atingido por 80 tiros em Guadalupe, Zona Norte do Rio. Wilson Witzel concedeu uma entrevista ao Bom Dia Rio na manhã desta quinta-feira (11).

"Eu tenho que me posicionar quando o juiz decreta a prisão, e foi decretada a prisão daqueles militares que atiraram contra aquela família. E eu desde já manifesto aqui os meus sentimentos pelo erro grosseiro que foi praticado por aqueles militares", ressaltou Witzel, complementando que aguardava os indícios de autoria do crime.

O governador negou que tenha ignorado o caso.

"Estão me acusando de ter ignorado a morte do músico. Em hipótese alguma. Eu quero dizer que jamais faria algo abominável como isso. Eu só aguardei que a Justiça Militar se manifestasse, e assim ela o fez, decretando a prisão para que eu, como governador, pudesse me manifestar", destacou.

Ele ressaltou que acredita que o Exército deve reavaliar seu protocolo neste caso.

"Como magistrado é prudente, pois também sou governador, eu aguardo minimamente os indícios de autoria, porque a materialidade está ali, nos mortos. Eu não sou um cidadão comum, eu sou um governador de Estado. Eu não posso sair por aí acusando o Exército Brasileiro de ter praticado um ato abominável. E foi praticado. A juíza decretou a prisão preventiva daqueles soldados, que não têm a capacidade, como tem a Polícia Militar, de fazer um policiamento", contou Witzel.

- Ameaças

"Eu não deixo de sair às ruas. Mas eu sou um alvo. O crime organizado hoje me transformou em um alvo. Nós estamos combatendo o crime organizado de tal forma, o prejuízo que estamos dando aos cartéis e com as apreensões de droga que estamos fazendo, quantidades absurdas. Agradeço também ao ministro Sérgio Moro e à Polícia Rodoviária Federal, que estão fazendo um trabalho gigantesco nas estradas federais com a apreensão de drogas e armas. O trabalho que estamos fazendo em conjunto. Então eu sou um alvo. Sobre sair à rua hoje, eu não sou um cidadão comum. Eu sou um cidadão que está aniquilando o tráfico de drogas e as milícias. Estamos fazendo até controle de bombas nos carros meus e da minha família".

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