POLÍCIA FEDERAL FAZ BUSCAS EM MINAS GERAIS, SÃO PAULO E RIO DE JANEIRO SOBRE TRAGÉDIA DE BRUMADINHO
Principais notícias do Dia
Publicado em 16/04/2019

Cinco mandados de busca e apreensão referentes às investigações sobre a tragédia de Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, foram cumpridos na manhã desta terça-feira (16) em Belo Horizonte, Nova Lima, na Grande BH, Rio de Janeiro e São Paulo.

De acordo com a Polícia Federal, a ação teve o objetivo de apreender documentos, mídias e outros materiais.

No dia 25 de janeiro deste ano, a barragem da Mina Córrego do Feijão se rompeu, matando centenas de pessoas e contaminando o Rio Paraopeba, um dos afluentes do Rio São Francisco. Os rejeitos devastaram a área administrativa da mineradora, incluindo o refeitório, onde muitos trabalhadores almoçavam na hora do rompimento. De acordo com último balanço da Defesa Civil, 229 mortes foram confirmadas e 48 estão desaparecidas.

Em Nova Lima, São Paulo e Rio de Janeiro foram cumpridos um mandado em cada cidade. Na capital mineira, dois mandados de busca e apreensão foram cumpridos, segundo a PF. Um dos endereços é o da Mina das Águas Claras, em Nova Lima, onde funciona uma das sedes da Vale.

Os mandados foram expedidos pela 9ª Vara da Justiça Federal em Belo Horizonte.

Em nota, a Vale informou que “tem apresentado, desde o momento do rompimento da barragem, todos os documentos e informações solicitados voluntariamente e, como maior interessada na apuração dos fatos, continuará contribuindo com as investigações.”

Investigação

Desde o rompimento da barragem, 13 investigados chegaram a ser presos, mas deixaram a cadeia. Onze deles são funcionários da Vale e dois da TÜV SÜD, empresa de consultoria que atestou estabilidade da estrutura de Brumadinho.

No dia 13 de março, o presidente afastado da mineradora, Fabio Schvartsman, prestou depoimento à Polícia Federal. Ele se afastou do comando da mineradora no dia 2 de março. O conselho de administração da companhia aprovou o afastamento, e a decisão foi tomada após a força-tarefa que investiga o rompimento da barragem da Vale em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, recomendar o afastamento dele e de outros 13 empregados da mineradora.

No dia 14 de março, foi a vez do diretor afastado Gerd Peter Poppinga, da mineradora Vale, prestar depoimento na Superintendência da Polícia Federal em Belo Horizonte.

O executivo teve pedido de habeas corpus preventivo negado pelo ministro Nefi Cordeiro, do Superior Tribunal de Justiça (STJ) no dia 15 de fevereiro. Ele pediu salvo-conduto para evitar uma eventual prisão.

 

Comentários

Chat Online