BUSCAS NOS ESCOMBROS DOS PRÉDIOS NA MUZEMA NO RIO DE JANEIRO, JÁ SÃO 16 MORTES E 05 AINDA DESAPARECIDOS
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Publicado em 17/04/2019

Completaram, nesta terça-feira (16), cinco dias as buscas nos escombros dos prédios que desabaram na Muzema, na Zona Oeste do Rio.

A cada resgate, mais tristeza. Cinco corpos encontrados nesta terça-feira (16).

Fábio, de 2 anos, e a mãe, Ana Flávia, estão entre eles. Os dois se abraçaram na hora do desespero. Lauana Divina Patrícia e uma mulher não identificada foram levadas para o IML.

Na tenda no alto da ladeira, estão os parentes que esperam notícias dos desaparecidos. Agora, ainda são oito sob os escombros. Os bombeiros trabalham sem interrupção há cinco dias. Nesta terça, a equipe da Globo teve acesso, com exclusividade, ao trabalho de cuidado e de delicadeza desses homens, que ajudam a manter a esperança dessas famílias.

O repórter cinematográfico Junior Alves acompanhou uma parte do trabalho, ao lado do comandante-geral do Corpo de Bombeiros, Roberto Robadey Júnior. Ele deu detalhes de como pode ter sido o desabamento.

“A gente está imaginando que caiu primeiro esse prédio. As pessoas foram encontradas aqui nos quartos, a maioria”, explicou.

“Em geral estão sendo encontrados nos quartos. E nesse aqui, não; raramente estavam nos quartos. A gente agora está buscando num corredor, que seria lá naquele canto, que seria uma pessoa que estava com chave na mão lá, tentando sair”, completou.

Os bombeiros têm ajuda de cães farejadores, os mesmos que foram levados a Brumadinho.

“A gente marcou onde o cão sinalizou”, disse o comandante.

“Suspostamente pode ter um corpo aqui?”, pergunta o repórter.

“Muito provavelmente”, respondeu.

Eles e os cães já conseguiram chegar aos primeiros andares dos dois prédios.

"Estamos no caminho certo. A gente trabalha sempre com essa hipótese. Nós temos relatos de pessoas que foram encontradas sete dias depois, é bem comum. Enquanto não aparecer o último corpo ou a última pessoa, a gente não sai daqui”, afirma o comandante.

Na busca pelos responsáveis dessa tragédia, o presidente da Associação de Moradores da Muzema prestou depoimento nesta terça.

“Já dei todos os esclarecimentos possíveis para as autoridades. Estou disposto a ajudar no que for preciso. Estou muito sentido com tudo”, disse lvu.

Repórter: “Você tem ideia de quem foram os construtores do prédio? Quem construiu o prédio?”

Ele não responde.

Esta terça-feira foi dia de a família se despedir de Antônia Sampaio. A dor de muitos estava estampada no rosto da mãe, que precisou ser amparada.

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