MUDANÇAS PARA A APOSENTADORIA, A COMISSÃO DA CÂMARA DEVE CONTINUAR HOJE O DEBATE SOBRE A PREVIDÊNCIA
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Publicado em 17/04/2019

Após pouco mais de 12 horas de discussão, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara encerrou às 23h28 desta terça-feira (16) o debate sobre a reforma da Previdência. Cerca de 90 deputados discursaram (55 contrários; 19 favoráveis; 14 líderes).

Uma nova sessão foi convocada para as 10h desta quarta (17), e o objetivo dos deputados a favor da reforma é votar a proposta antes mesmo do feriado. Parlamentares contrários ao projeto, contudo, tentarão adiar a votação.

Inicialmente, a votação estava prevista para esta quarta (17), mas um acordo adiou para a próxima semana. Aliados do governo querem que a votação volte a ser nesta quarta.

Cabe à CCJ da Câmara analisar se a proposta do governo Jair Bolsonaro está de acordo com a Constituição. Se a chamada admissibilidade for aprovada, o texto seguirá para uma comissão especial, responsável por analisar o mérito (conteúdo), para, então, o plenário da Câmara votar a reforma.

Por se tratar de emenda à Constituição, a PEC da reforma da Previdência precisará do apoio de pelo menos três quintos dos deputados (308 dos 513), em dois turnos de votação para seguir para o Senado.

Discussão

Vários deputados se inscreveram para debater a proposta nesta terça-feira. No entanto, nem todos falaram sobre o projeto.

Isso porque, em um determinado momento da reunião, parlamentares favoráveis à proposta – principalmente os do PSL, partido de Bolsonaro – abriram mão de discursar para tentar agilizar o andamento dos trabalhos.

Deputados contrários ao texto, porém, mantiveram as inscrições e fizeram discursos criticando a reforma apresentada pelo governo.

Indefinição

Parlamentares aliados ao governo defendem a aprovação do relatório de Marcelo Freitas (PSL-MG) sem modificações.

No entanto, ainda há indefinição em relação a alguns pontos do texto e parte dos integrantes da CCJ defende que esses trechos sejam alterados já na CCJ, antes mesmo de a comissão especial discutir a reforma:

fim do pagamento da multa de 40% do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) em caso de demissão sem justa causa de trabalhador que já está aposentado;

retirada da Constituição de regras previdenciárias, a chamada desconstitucionalização;

sistema de capitalização.

A reforma

Proposta pelo governo Bolsonaro, a reforma da Previdência promove alteração em várias regras de aposentadoria.

Entre as mudanças, está a criação de uma idade mínima para um trabalhador se aposentar.

Para mulheres, a idade mínima de aposentadoria será de 62 anos, e para homens, de 65. Beneficiários terão que contribuir por um mínimo de 20 anos, se a PEC for aprovada sem mudanças.

O texto também mexe, entre outros pontos:

no cálculo do benefício no regime próprio de servidores públicos;

nas regras para a aposentadoria na área rural;

na regras da pensão por morte;

na concessão do benefício de prestação continuada.

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