ATINGIDA POR FACHADA DE PRÉDIO VOLTA A INTERAGIR APÓS LONGO COMA
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Publicado em 26/04/2019

A  estudante de engenharia civil Larissa Spezani Resende , atingida pela fachada de um prédio no Leblon , na Zona Sul,  retomou a consciência após mais de um mês em coma . A jovem de 20 anos já consegue responder perguntas de sim ou não e aos poucos começa a interagir com os amigos e familiares.

Ainda não se sabe se Larissa terá sequelas ou tampouco os médicos podem medir com precisão possíveis danos cerebrais, já que a jovem não pode fazer exame de ressonância magnética por estar com estruturas de ferro no braço que teve fratura expostas. Ela passou recentemente por uma cranioplastia, que consiste na recolocação do crânio. Leila Spezani, mãe de Larissa e neuropsicóloga, conta que a jovem tem feito fisioterapia desde que deixou o CTI mas ainda não sente segurança para voltar a andar:

Não há noção de quanto de consciência a Larissa tem. Ela está com um nível de  percepção muito melhor que antes, responde sim ou não com a cabeça. Aos poucos está se integrando com a gente, mas passa a maior parte do tempo dormindo, conta a mãe de Larissa.

Uma tática usada pela família é estimular Larissa com lembranças e vídeos. Os amigos são peça fundamental na recuperação e a ajudam com exercícios - todos em prol de uma retomada de vida plena. Segundo a mãe,  a maior emoção foi no momento em que  Larissa  começou a abrir os olhos e a reconhecê-lós, emocionando até a equipe médica:

Ela já tenta jogar beijinho com a mão, mas de forma descoordenada. Continuamos com muita esperança que tudo se acabe bem. A parte mais emocionante foi ela reconhece a gente com o olhar. Até a equipe médica ficou muito emocionada — conta Leila.

Segundo uma perícia  da Polícia Civil, acausa do acidente que feriu gravemente Larissa Spezan foi a falta de parafusos de fixação nas placas de granito da fachada de um prédio no Leblon, aliada à umidade no último andar do edifício.  No dia 6 de março, um pedaço do revestimento de 90 centímetros por 55 centímetros despencou do prédio sobre a jovem, que continua em coma.

Larissa sofreu um traumatismo craniano quando caminhava pela Rua João Lira em frente ao número 28, o Edifício Arthur Rubinstein, e a estrutura do apartamento do quinto andar despencou sobre ela. O prédio foi construído em 1982 e comunicou a autovistoria pela última vez em abril de 2014, onde consta que está no que é considerado adequado pela Prefeitura. Após a queda, o portão de entrada ficou parcialmente destruído pelos destroços.

 

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