Ao menos 15 pessoas, incluindo seis crianças, morreram na madrugada deste sábado (27) durante uma operação das forças de segurança contra um esconderijo de terroristas no Sri Lanka, informou a polícia.
Autoridades haviam recebido um alerta sobre a existência de um possível esconderijo de pessoas ligadas aos atentados do dia 21 de abril em uma cidade chamada Kalmunai, no leste do país.
As forças de segurança chegaram e iniciou-se um tiroteio que durou uma hora. Quando o confrontou terminou, os corpos foram descobertos.
Três homens se explodiram na casa e mataram seis crianças e três mulheres. Outros três morreram fora da residência, informou a polícia.
As forças da ordem não sofreram baixas. Para as autoridades, é cedo para dizer se a casa era ligada a terroristas que participaram dos ataques no no Domingo de Páscoa (21) contra igrejas e hotéis de luxo que deixaram ao menos 253 mortos.
Na sexta-feira (26), a polícia havia encontrado 150 bananas de dinamite e uma bandeira do grupo jihadista Estado Islâmico (EI) durante uma batida em Sammanthurai, no local onde foi gravado o vídeo reivindicando os atentados.
Ações em massa
O presidente Maithripala Sirisena prometeu que haverá buscas em todas as casas e um reordenamento das forças de segurança do país.
Até o momento, 74 pessoas foram presas, incluindo um homem que as autoridades acreditam ser o pai de dois homens-bomba.
O governo informou, na sexta (26), que o extremista cingalês Zahran Hashim, considerado peça-chave dos atentados, morreu durante o ataque a um dos hotéis de luxo de Colombo.
Hashim aparecia no vídeo do EI que reivindicou a autoria dos ataques. Nas imagens, ele comanda sete homens em um juramento de lealdade ao líder do EI, Abu Bakr al Bagdadi.
Zehran Hashim era o líder do National Thowheeth Jama'ath (NTJ), grupo extremista local relativamente desconhecido até domingo e que o governo acusa de ter executado os atentados.