Anderson Martins de Oliveira foi enterrado, na tarde deste sábado (27), no Cemitério de Queimados, na Baixada Fluminense. Ele, o irmão, Arthur Nascimento Oliveira, e mais dois amigos, Paulo Vinícius da Costa e Alexander da Conceição Tavares, foram baleados na última terça-feira (23), ao saírem para pescar em uma praia de Muriqui, na região da Costa Verde do Rio. Os quatro morreram.
O grupo de amigos morava em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, e no último feriado de São Jorge decidiram pescar em Muriqui, no litoral da Costa Verde do Estado.
Alexander e Vinícius foram encontrados mortos na Ilha Duas Irmãs, em Muriqui, na última quarta-feira (24). Os corpos tinham marcas de tiros. Na madrugada de quinta-feira (25), a família de Anderson encontrou o rapaz baleado, em estado grave, no Hospital Municipal Victor de Souza Breves, em Mangaratiba. Anderson morreu na noite de quinta-feira.
"Eu não sei nem como que eu estou aguentando, como que eu estou em pé aqui. É um sofrimento muito grande. Eu estou arrasado. A família inteira está arrasada. Esses filhos eram tudo para mim. Os meninos tudo bão", comentou o pai de Anderson e Arthur, Abelino José de Oliveira, conhecido como Dininho.
O corpo de Arthur Nascimento Oliveira ficou desaparecido até este sábado. Segundo a família, pescadores da região fotografaram um corpo no mar e os parentes reconheceram pelas fotos que seria mesmo Arthur Oliveira.
Família quer resposta
Anderson era músico e tocava no grupo Rio 40 Graus, junto com Paulo Vinícius da Costa. Arthur também acompanhava o grupo nos shows e ensaios. Alexander era motorista de aplicativo.
"Ele (Anderson) era músico. O Arthur gostava muito dele. Os dois eram assim, um com o outro. Ele ia fazer show, o Arthur ia junto para poder ajudar. Na pesca era a mesma coisa", contou Abelino.
Segundo parentes, o carro de Anderson foi encontrado abandonado no viaduto de Itaguaí. Um inquérito policial foi instaurado na 165ª DP (Mangaratiba) para apurar os motivos do crime.
"A família quer uma resposta porque todos eles eram pessoas trabalhadoras, pessoas do bem. Eles não tinham motivo nenhum para serem assassinados. Simplesmente eles saíram daqui para pescar. Só isso", comentou Fernando Oliveira, tio de Anderson e Arthur.